Noticias

Escola Base: como a notícia falsa de pedofilia mudou a vida de um jornalista

O caso “Escola Base” é um dos mais marcantes do jornalismo brasileiro e mudou completamente a vida do jornalista Valmir Salaro, o jornalista da Globo que primeiro falou sobre o caso durante um jornal, isso porque o caso noticiado era, na verdade falso.

O caso é contado pelo novo documentário exibido pela GloboPlay, em que o jornalista conta a sua versão sobre o que aconteceu.

escola
Valmir Salaro na estreia do documentário. Imagem: Séries Brasil

Valmir Salaro e o caso Escola Base

Em março de 1994, os proprietários da Escola Base, uma escola infantil, no bairro da Aclimação, em São Paulo, Icushiro Shimada, Maria Aparecida Shimada, a professora Paula Milhim e o esposo, o motorista Maurício Alvarenga, foram acusados injustamente de terem abusado sexualmente de crianças de quatro anos.

Além disso, eles também foram acusados de se aproveitarem do horário escolar para levar os estudantes para motéis, onde seriam filmados e fotografados nus.

A denúncia foi feita por duas mães de crianças da escola. Um exame pericial foi feito e constatado positivo para o abuso, a mídia então passou a noticiar de forma extremamente midiática o caso, sem nunca ter dado a oportunidade de defesa para os acusados que foram torturados, ameaçados e tiveram suas vidas destruídas em decorrência do trabalho da mídia.

Ocorre que, um segundo exame pericial foi feito com os mesmos peritos e foi constatado que, na verdade, as marcas da criança eram em decorrência de uma prisão de ventre, e não de abuso sexual.

No documentário, o jornalista afirma que sua postura não foi a correta do ponto de vista jornalístico, e que outros jornalistas também cometeram o mesmo erro, mas por ter sido o pioneiro no caso, a “culpa” de toda a a imprensa cai sobre seus ombros.

A produção do documentário conta também com a participação dos envolvidos, Paula, Maurício e Ricardo, filho do casal Shimada. Eles também tentaram contato com a mãe da criança que acusou a escola de abuso sexual, Lúcia Eiko Tanoue, mas ela não quis dar o seu depoimento, já o seu filho, que hoje se encontra com 30 anos, contou que não sabia do caso da Escola Base, muito menos de seu envolvimento.

Fonte: UOL

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo