Entenda o esquema de Patrick Abrahão, preso na Operação La Casa de Papel
O músico e empresário Patrick Abrahão, marido da cantora Perlla, foi preso por esquema de pirâmide financeira internacional nesta quarta-feira, 19 de outubro, na operação ‘La Casa de Papel’.
Ele criou sua própria criptomoeda e a supervalorizou artificialmente, causando prejuízos de mais de R$ 4 bilhões, com cerca de 3 milhões de pessoas envolvidas, em 80 países.
De acordo com a Polícia Federal, a Trust Investing lesou 1,3 milhão de pessoas.
Patrick foi preso em um condomínio de luxo no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Segundo a Polícia Federal, ele é investigado por crimes contra o sistema financeiro nacional, evasão de divisas, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, usurpação de bens públicos, crime ambiental e estelionato.
As investigações tiveram início em agosto de 2021, com o flagrante de dois investigados em Dourados (MS), a caminho do Paraguai. Eles estavam com escolta armada e esmeraldas avaliadas em 100 mil dólares. A partir disso, a rede criminosa foi descoberta.
Como a Trust Investing de Patrick Abrahão aplicava os golpes
O golpe era aplicado por meio de sites e aplicativos que a organização criminosa mantinha nas redes sociais, estes prometiam que os investimentos feitos pelo usuário seriam multiplicados em ganhos diários, que poderiam chegar a até 20% ao mês e a mais de 300% ao ano.
A Trust investing oferecia pacotes de investimentos e aportes financeiros que variavam de 15 a 100 mil dólares, e os operadores sempre requisitavam aos que ingressavam no negócio, captar novos investidores.
Essa é a premissa de uma pirâmide financeira: os pagamentos dependem da entrada constante de participantes.
A empresa ainda criou outras empresas para vender outros produtos, como vinhos e clube de viagens, e tinha sua própria Criptomoeda, a a Truster Coin e a Truster Energy, lançadas no final de 2021.
Ainda, segundo a PF, as empresas de Patrick não existiam de fato.
“Embora divulgassem em redes sociais que estavam amplamente legalizados na Estônia e que seriam sócios de duas instituições financeiras, todas as empresas do grupo não existiam de fato”.
Fonte: G1