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Estações de trem no RJ são dominadas por tráfico de drogas e furtos

No Rio de Janeiro, traficantes têm usado as estações de trem (Supervia), de forma estruturada e ordenada, para operar esquema de furto de cabos da rede de energia e grampos de ferro que fazem a junta dos trilhos, além da venda de drogas. Há relatos de que eles teriam construído e alugado barracos na própria linha férrea.

Um levantamento realizado expôs o esquema dos traficantes dentro das estações de trens da Supervia. Os passageiros dizem haver venda de drogas dentro do trem, bem como, de produtos recebidos de roubo de cargas. 

De acordo com o levantamento, os traficantes aproveitam o fluxo de pessoas do trem, como forma de facilitar o acesso de novos usuários de drogas. Além disso, nos últimos seis meses, houve 364 registros de furtos de cabos de energia na linha, cerca de 14 mil metros de fios de cobre subtraídos. A polícia investiga a receptação desses materiais nos“ferro-velhos” da região, que lucram com a revenda. 

O furto de grampos dos trilhos também é preocupante já que essas peças fixam os trilhos, de modo a evitar o descarrilamento dos trens. Furtos de mais de 3 mil peças foram registrados no mesmo período.  

Representantes do Sindicato dos Vigilantes (SINDVIG-RJ) percorreram estações da Supervia e, até 31/08, encontraram apenas 1(um) Vigilante em toda a linha.  A substituição de Vigilantes, profissionais de segurança qualificados conforme a Lei nº 7.102/83, por porteiros e controladores de acesso  tem sido, segundo o Sindicato, prática recorrente de algumas empresas para economizar nos últimos anos.

O presidente da empresa que administra a Supervia afirmou que perdeu o controle de nove estações e que já não tem funcionários presentes lá em razão do risco.

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Priscila Gonzalez Cuozzo

Priscila Gonzalez Cuozzo é graduada em Direito pela PUC-Rio, especialista em Direito Penal e Criminologia pelo ICPC e em Psicologia pela Yadaim. Advogada e Consultora Jurídica atuante nas áreas de Direito Administrativo, Tributário e Cível Estratégico em âmbito nacional. Autora de artigo sobre Visual Law em obra coletiva publicada pela editora Revista dos Tribunais, é também membro do capítulo brasiliense do Legal Hackers, comunidade de inovação jurídica.

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