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Estados propõem fim das ‘saidinhas’ visando combater o crime organizado; entenda

Na luta contra o crime organizado, Centro-Sul do Brasil busca unificação de táticas e equipamentos

No Bioparque Pantanal, Campo Grande, acontece o terceiro encontro do SULMaSSP, uma reunião com secretários de Segurança Pública de diversos estados do Centro-Sul do país, incluindo Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O evento visa estabelecer uma ação conjunta na intensificação e fortificação da repressão de crimes nas fronteiras brasileiras com o Paraguai, Bolívia e nas fronteiras inter-estaduais.

O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Muraro Derrite, salienta que o evento é uma tentativa direcionada para conter o crime organizado. “Nosso objetivo é combater o crime organizado. Porque 70% do escoamento de ilícitos do país ocorre nessa região do país, já que os criminosos se aproveitam da infraestrutura construída para o escoamento de produtos lícitos”, disse.

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Imagem: Secretaria da Segurança Pública

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O que a reunião SULMaSSP busca alcançar no combate ao crime organizado?

Além da padronização das operações na fronteira, um dos temas discutidos durante o encontro é a alteração em certas regulações, como a proibição de saídas temporárias de presos durante os feriados, conhecidas popularmente como “saidinhas”. Segundo Muraro Derrite, levantamentos mostram que, nos últimos vinte anos, cerca de 126.095 prisioneiros não retornaram à detenção após a liberação da saidinha.

Os secretários propõem ainda um maior investimento federal e o estabelecimento de ações que alterem a sensação de impunidade dos criminosos, bem como melhorar a sensação de segurança da população. A discussão também gira em torno da descontinuação do uso de câmeras nos uniformes da polícia, uma medida vista como prejudicial por Freibergue Rubem de Nascimento, secretário adjunto de segurança de Santa Catarina.

Há alguma preocupação com construção de novos escoamentos?

A implementação da Rota Bioceânica também surgiu como uma possível complicação, visto que há preocupações de que a rota poderia ser usada por organizações criminosas para mover produtos ilícitos, incluindo cigarros, agroquímicos, armas e munições.

Assim, para lidar com tais questões complexas e diversificadas, um dos principais objetivos do encontro é a união e integração das forças de segurança, criando uma força-tarefa conjunta para enfrentar os desafios que as fronteiras brasileiras apresentam para o controle e repressão dos crimes.

Quais são os próximos passos após o terceiro encontro do SULMaSSP?

Além de todas as medidas discutidas, o SULMaSSP continuará buscando soluções e inovações contra o crime organizado. O secretário estadual de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul, Antônio Carlos Videira, defende que o setor precisa de investimentos, integração e inteligência.

No final das contas, a integração será fundamental para ampliar a sensação de segurança da população em todo o país, e é por isso que tais encontros continuam sendo essenciais para formular as melhores estratégias de combate ao crime e contrabando na região.

Fonte: Campo Grande News

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