Justiça manda estudante acusada de matar amiga voltar à faculdade: reviravolta no caso
Em uma reviravolta que reacende a polêmica, a Justiça determinou a reintegração de uma estudante de medicina à faculdade em Campinas. A jovem, acusada de matar sua amiga em Cuiabá em 2020, estava afastada do curso desde fevereiro.
O caso que chocou o país:
Em julho de 2020, a estudante de medicina, então com 17 anos, foi acusada de matar sua amiga Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos, com um tiro no rosto. O crime aconteceu na casa da acusada, em um condomínio de alto padrão em Cuiabá.
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Dolo ou acidente?
A investigação policial concluiu que o crime foi doloso, ou seja, com intenção de matar. A defesa da jovem, por outro lado, argumenta que a morte foi um acidente.
Internação da estudante e liberdade assistida:
Após a morte de Isabele, a estudante ficou internada por 17 meses. Em junho de 2022, ela foi liberada e passou a cumprir regime de liberdade assistida.
Expulsão da faculdade:
Em fevereiro de 2023, a Faculdade São Leopoldo Mandic decidiu expulsar a estudante, alegando que sua presença gerava um ambiente acadêmico instável.
A defesa da jovem recorreu à Justiça e, em uma decisão controversa, o juiz Haroldo Nader, da 6ª Vara Federal de Campinas, determinou a reintegração da estudante à faculdade.
O juiz Nader baseou sua decisão no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que determina que os atos infracionais cometidos por menores de idade não podem ser considerados para qualquer efeito após serem cumpridos.
A Faculdade São Leopoldo Mandic ainda não foi notificada oficialmente da decisão judicial, mas já manifestou intenção de recorrer.
Repercussão do caso:
A reintegração da estudante à faculdade gerou diversas reações nas redes sociais. Muitos internautas se mostraram indignados com a decisão, enquanto outros defendem que a jovem tenha direito a recomeçar sua vida.
O caso ainda está em andamento e o futuro da estudante na faculdade é incerto. A decisão judicial pode ser revertida em caso de recurso da instituição de ensino.