Escândalo na Universidade do Pará: Estudante de medicina frauda ENEM e engana sistema duas vezes
O caso notável de fraude na Universidade Estadual do Pará
A Polícia Federal (PF) está investigando um caso complexo de fraude no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Um estudante de medicina, André Rodrigues Ataíde, é acusado de ter se passado por duas pessoas diferentes, Eliésio Bastos Ataíde e Moisés Oliveira Assunção, para ser aprovado no exame duas vezes, conseguindo uma vaga no curso de medicina em uma universidade estadual.
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O processo de investigação
Na sexta-feira (16), ocorreu ações de buscas e apreensões nos endereços ligados aos três acusados. A polícia apreendeu vários itens, incluindo aparelhos de celular, provas do Enem de 2019 até 2023 e vários materiais manuscritos. Nenhuma prisão foi feita até o momento.
As provas apreendidas pelos agentes ajudaram a polícia a traçar um histórico da fraude extrapolar o período entre 2019 e 2023. A análise preparada pelos peritos destacou que as assinaturas nos cartões de resposta e as redações que os investigados produziram não correspondiam aos indivíduos listados como candidatos.
Mais detalhes sobre a fraude dos estudantes
Segundo os policiais envolvidos na investigação, o aluno principal envolvido, que já estudava medicina, se passou por dois candidatos distintos para fazer as provas do Enem nos anos de 2022 e 2023. Por meio dessa fraude, esses dois candidatos fictícios conseguiram ser aprovados no curso de medicina da Universidade Estadual do Pará (Uepa) localizada na cidade de Marabá.
O que torna o caso ainda mais intrigante é o fato de que o estudante principal parece ter utilizado documentos falsos para se passar pelas outras duas pessoas. Conforme o relatório da polícia, um dos supostamente beneficiados por essa fraude já está matriculado na universidade em questão, enquanto o outro ainda não começou suas atividades acadêmicas.
A continuação das investigações e possíveis consequências
A investigação está em curso para descobrir se a mesma fraude permitiu que outras pessoas fossem aprovadas de forma irregular. Caso confirmado o crime, os envolvidos enfrentarão acusações de falsidade ideológica e uso de documento falso, entre outros.