A estudante de medicina da Universidade de São Paulo (USP), Alicia Dudy Muller Veiga, acusada de ter usado para fins pessoais o fundo de quase um milhão de reais arrecado pelos demais estudantes, que tinha o fim de pagar a formatura do curso, foi indiciada nove vezes, em concurso material, pelo crime de apropriação indébita. Isso porque a universitária obteve nove transferências do fundo de formatura para contas próprias entre novembro de 2021 até dezembro de 2022.
O crime em questão tem a seguinte redação do Código Penal:
Art. 168 – Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção:
Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Com isso, tendo em vista que a estudante foi indiciada por nove vezes em concurso material, caso o Ministério Público apresente a denúncia nesses termos, Alicia poderá ser condenada a uma pena de até 36 anos. Porém, a fixação final da pena vai depender da análise do magistrado durante a fase da dosimetria da pena, caso considere a estudante culpada ao final da instrução processual.

Estudante é indiciada pelo crime de apropriação indébita
Alicia Dudy chegou a confessar que desviou o fundo de formatura de R$ 937 mil para despesas pessoais. De acordo com a polícia, ela usou o dinheiro para comprar bens materiais e pagar alugueis de carros e imóveis. As autoridades apreenderam em sua residência celulares, um veículo Volkswagen Nivus, um tablet, cartões bancários e diversos documentos.
Também foi encontrado na casa da estudante anotações de sessões com mãe de santo e videntes e um caderno onde ela escrevia como pretendia se desculpar com a turma.
A polícia civil de São Paulo pediu á justiça a prisão preventiva da estudante, mas o pedido ainda está sob análise.
Fonte: Correio Braziliense