EUA: homem é inocentado após ficar 32 anos preso por engano
O norte-americano Joaquin Ciria teve sua inocência reconhecida pelo Tribunal Superior de San Francisco, nos Estados Unidos, após ficar 32 anos preso por um homicídio que não cometeu. A defesa conseguiu provar que no dia dos fatos imputados a ele Joaquin estava com seu filho recém-nascido em casa.
Ciria foi preso em 1990 após ser acusado de matar Felix Bastarrica. No entanto, a Comissão de Inocência, formada em 2020 pela promotora Chesa Boudin, reanalisou o caso e notou que havia falhas no julgamento.
A investigação foi refeita pela equipe, formada por voluntários especialistas jurídicos e médicos, com base em relatórios policiais, transcrições judiciais e outros documentos, e chegaram à conclusão de que o crime, na verdade, teria sido cometido por um outro homem, que era conhecido de Joaquin e da vítima.
A equipe da comissão alega que o erro na investigação aconteceu porque na época dos fatos as suspeitas recaíram sob Joaquin por rumores iniciados pelo próprio autor do homicídio, o que influenciou o trabalho da polícia.
Ao ter o caso reaberto, Joaquin Ciria conseguiu provar que no dia dos fatos ele estava em casa com seu filho que tinha acabado de nascer. Além disso, o advogado que o representou na época dos fatos admitiu equívocos em seu trabalho, como, por exemplo, não reproduzir a gravação das partes coercitivas do interrogatório que resultou na condenação de seu cliente e não apresentar testemunhas que sabiam de seu álibi, considerando que ele estava em casa com o filho recém-nascido.
Joaquin Ciria saiu da prisão com 61 anos e terá direito a uma taxa de US$ 140 por cada dia que ficou preso, resultando em cerca de US$ 1,6 milhão.
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