EUA vetam resolução da ONU para cessar-fogo em Gaza e são acusados pelo Hamas de incentivar massacres
A posição dos EUA no conflito em Gaza
O Hamas, movimento islamita palestiniano, acusa os Estados Unidos de terem dado “luz verde” a Israel para cometer mais “massacres”, após o veto norte-americano a um projeto de resolução do Conselho de Segurança da ONU, que exige um cessar-fogo imediato em Gaza.
“A posição americana é um sinal verde para a ocupação israelita cometer mais massacres (…) Isto só aumentará o sofrimento do nosso povo”, afirmou o Hamas num comunicado divulgado recentemente.
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O projeto de resolução vetado
O projeto de resolução, apresentado pela Argélia e apoiado pelos países árabes, recebeu 13 votos a favor, um voto contra (Estados Unidos) e uma abstenção (Reino Unido) no Conselho de Segurança das Nações Unidas. A resolução exigia um cessar-fogo humanitário imediato em Gaza.
Trata-se da terceira vez que, desde o início da guerra, os Estados Unidos, um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança e com poder de veto, bloqueiam uma resolução sobre Gaza.
A posição dos EUA na ONU
O veto norte-americano não apanhou o Conselho de Segurança da ONU de surpresa. A embaixadora dos EUA, Linda Thomas-Greenfield, já havia anunciado que iria votar contra o texto da Argélia, argumentando que a proposta dos países árabes poderia interferir em negociações em prol de um acordo para a libertação de todos os reféns detidos pelo Hamas nos ataques de 07 de outubro.
Estas negociações, especificou a embaixadora, estão sendo conduzidas pelos EUA, juntamente com o Egito e o Qatar, e incluem uma pausa de seis semanas nos combates.
Uma nova proposta de resolução
Os Estados Unidos irão propor a sua própria resolução, que pede um cessar-fogo “temporário” e “assim que possível”. Thomas-Greenfield especificou que a resolução incluirá uma condenação do grupo islamita, pois, segundo a embaixadora, “é hora de este Conselho condenar o Hamas”.
O conflito em Gaza, envolvendo Israel e o Hamas, iniciou em 07 de outubro deste ano após um ataque do movimento islamita em território israelita. Segundo fontes oficiais, o confronto já resultou em pelo menos 1.139 mortos e cerca de 70.000 feridos, na maioria civis, além de mais de 29.000 mortes confirmadas pelo governo do Hamas.
Fonte: dnoticias.pt