Investigado por sonegação fiscal usava identidade de homem morto em acidente

Em um caso intrigante que deixou a população de Praia Grande (SP) abalada, a Polícia Federal prendeu Eduardo Pinheiro Faria, um ex-bombeiro militar, que estava foragido pela acusação de homicídio há quase um quarto de século, no Rio de Janeiro. O fato mais surpreendente é que o acusado estava vivendo sob a identidade falsa de um homem que morreu há mais de duas décadas vítima de um atropelamento.

A prisão ocorreu no âmbito da Operação Karma, deflagrada pela Polícia Federal na última quinta-feira, dia 21. Contudo, essa situação só se tornou conhecida do público da região recentemente, na quarta-feira, dia 27. A investigação teve início devido à suspeita de sonegação fiscal envolvendo um posto de gasolina situado na cidade litorânea paulista.

Leia mais:

Chega a 50 o número de mortos em ações policiais na Bahia no mês de setembro

STJ decide que réu não deve se pronunciado se houver dúvidas sobre indícios de autoria

Ex-bombeiro Eduardo Pinheiro Faria: um perfil criminoso

Bem mais do que o simples dono de um posto de gasolina, o ex-bombeiro esconde uma história de crimes e fugas. Segundo informações da Polícia Federal, o suspeito possui antecedentes criminais, incluindo roubo. Em 1999, Faria foi condenado por um homicídio em Nova Friburgo (RJ), onde, segundo relatos, ele atuava como um bombeiro e foi considerado um desertor pela corporação.

Tudo começou quando a Polícia Federal iniciou a investigação por sonegação fiscal no referido posto de gasolina, localizado na cidade litorânea de Praia Grande. Ao chegar à identificação do dono do estabelecimento, a polícia descobriu que estava registrado no nome de uma pessoa que já havia falecido, cujo nome era Ozeias.

Segundo a delegada Fabiana Salgado Lopes, em entrevista à TV Tribuna, afiliada da Globo, nas tentativas de localizar o suposto proprietário do posto, a família informou que ele havia falecido no Rio de Janeiro. Contudo, em um contraponto, nos registros oficiais existia um passaporte emitido no nome de Ozeias em 2022. Isso levantou suspeitas da Polícia Federal, que, após análises das digitais colhidas para a emissão do passaporte, descobriu que o verdadeiro dono da identidade era Eduardo Pinheiro Faria.

Quais são os próximos passos da investigação do ex-bombeiro?

Com a prisão do ex-bombeiro Eduardo Pinheiro Faria, a Polícia Federal agora vai investigar se ele cometeu os crimes de sonegação fiscal. Caso seja confirmado, aliado aos crimes de roubo e homicídio pelos quais já foi condenado, a pena pode chegar a 30 anos de prisão.

Fonte: Terra