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Preso por perseguir a ex-mulher, ex-delegado-geral da PCDF também é investigado por corrupção passiva

Nesta segunda-feira (20), o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) abriu um Procedimento Investigatório Criminal (PIC) contra o ex-delegado-geral da Polícia Civil do DF (PCDF) Robson Cândido.

O caso está sob condução do Núcleo de Investigação e Controle Externo da Atividade Policial (NCap), que investiga crimes de corrupção ativa, passiva e tráfico de influência.

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Foto: Igo Estrela/Metrópoles

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Outros policiais podem ser investigados por supostamente terem agido na ilegalidade para beneficiar o ex-chefe da corporação.

Ex-delegado-geral cometeu crime de stalking

Cândido é acusado de monitorar uma mulher, com quem mantinha relacionamento amoroso, mesmo após deixar o cargo máximo da corporação. A informação consta em pedido de prisão expedido contra ele.

A decisão da Justiça pela prisão do ex-delegado-geral elenca motivos que justificam a prisão dele. “A vítima narrou que Robson a persegue, surpreendendo-a diversas vezes na rua e em locais por ela frequentados, o que fortalece os indícios da utilização indevida da medida de monitoramento para a prática do delito de stalking. Ademais, mesmo após ter sido intimado das medidas protetivas deferidas em favor da vítima, não foram tomadas medidas para encerrar o monitoramento eletrônico sobre a vítima”, afirmou o documento.

A apuração do MPDFT ressalta que os investigados — entre eles, Robson Cândido e o então delegado-chefe da 19ª DP (Ceilândia Norte), Thiago Peralva — efetuaram manobras nos autos de um processo criminal para inserir o telefone da mulher em um monitoramento ilegal.

“[Os dois] também utilizaram-se de bens pertencentes à Polícia Civil, como viaturas descaracterizadas, celulares corporativos, carros oficiais e celulares de outros delegados da Direção-Geral da PCDF, para a prática de delitos contra mulher em situação de violência doméstica”, diz a decisão.

Justiça negou prisão preventiva de delegado

O MPDFT, por intermédio do NCap e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), solicitou a prisão preventiva do delegado Thiago Peralva; No entanto, o pedido foi negado pelo juiz, que, como medida cautelar, impôs o uso de tornozeleira eletrônica e o afastamento do policial das funções que ocupava. Além da delegacia, a casa do investigador foi alvo de busca e apreensão.

Após a reportagem publicada pelo Metrópoles, o MPDFT afirmo em nota oficial não há outros delegados investigados, como mencionado na 1° versão da reportagem. “O NCAP esclarece que não procedem as informações relacionadas a outros delegados apontados na reportagem como investigados, no contexto da referida publicação. Esse processo corre em sigilo e não pode ser comentado pelas partes, motivo pelo qual recomendamos cautela em sua abordagem”.

Fonte: Metrópoles

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