Ex-lutador que matou esposa almoçou na casa da sogra após o crime

Luis Paulo Lima dos Santos, ex-lutador de MMA preso pelo assassinato da esposa Ellida Ferreira, 26, almoçou com a mãe da professora, sua sogra, após ter deixado o corpo da mulher nas proximidades de um córrego, na zona leste de São Paulo, no último final de semana, segundo a família dela. 

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Imagem: Diário do Nordeste

Valdir Lima, irmão de Ellida, afirmou que o cunhado viajou até a casa da sogra em Campinas (SP), alegando que Ellida havia desaparecido na Rodoviária do Tietê, na capital paulista, onde deveria pegar um ônibus para visitar a mãe, sem chegar ao suposto destino final.

Irmão da vítima relata que ex-lutador almoçou na casa da sogra após o crime

Na verdade, segundo informações obtidas depois pela Polícia Civil, a vítima foi morta dentro do apartamento em que morava, no último fim de semana, e seu corpo chegou a ser carregado num carrinho de compras de um condomínio.

Após o ocorrido, ele viajou até a casa da sogra para almoçar e relatar que Ellida havia sumido. O homem, que mora no Ceará, mantinha um “vínculo muito grande” com a meia-irmã por parte de pai. 

“Quando ela desapareceu, que ele fez todo o planejamento de se livrar do corpo, ele ainda foi na casa da Lucineide em Campinas, ‘procurando’ pela esposa dele. Ele é um monstro, ainda chegou a almoçar com a mãe dela.”

Apesar de nunca ter ouvido reclamações sobre o casamento nas videochamadas entre os dois, Valdir diz que desconfiava de problemas na vida da irmã, que era discreta e não entrava em detalhes sobre a relação com o marido, com quem estava há cerca de três anos.

“Pelas fotos, era um casamento perfeito, mas eu tinha quase certeza que ela não estava feliz, que estava acontecendo alguma coisa. Ela era muito carinhosa com todo mundo, nós tínhamos um vínculo muito grande, mas eu não sei como era a relação deles.”

Ellida estava oficialmente casada com Luis desde o ano passado. Juntos, os dois tiveram um filho nascido em abril de 2021.

Segundo o irmão, o bebê está com a família paterna, mas os parentes da mãe pretendem “fazer de tudo” para conseguir sua guarda, na intenção de que o garoto seja criado pela avó, sogra do ex-lutador.

Ao lembrar a personalidade da irmã, Valdir destaca a “alegria” da pedagoga e reforça o pedido por Justiça. 

“Eu só tenho a dizer coisas boas, ela vinha para o Ceará, eu ia para São Paulo, era assim. Eu tenho uma tatuagem com as iniciais do nome dela. (…) De vez em quando, eu tinha crise de depressão, fazíamos videochamada e ela era sempre um amor de pessoa. A gente quer justiça, que não fique impune essa barbaridade, porque nós estamos sofrendo muito.”

Fonte: G1