Ex-ministros do STF repudiam invasões em Brasília
Dez ex-ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) emitiram, na segunda-feira, 9 de janeiro, uma nota de repúdio aos atos ocorridos neste domingo na Praça dos Três Poderes, que, conforme apontam, culminaram no cometimento de crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, de golpe de estado, depredação do patrimônio físico, histórico, artístico e cultural do Brasil e da humanidade.
“Externamos o nosso apoio às medidas investigativas, cautelares e de prisão em flagrante até agora adotadas pelos três respeitáveis Poderes da União, no sentido de chamar à devida responsabilidade civil, penal, política e administrativa todos quantos se atreveram a conceber, fomentar, financiar e, por ação ou omissão, realizar tão repulsivo e odioso atentado às instituições democráticas”
O documento é assinado pelos ministros aposentados e ex-presidentes do STF Ayres Britto, Carlos Velloso, Celso de Mello, Cezar Peluso, Ellen Gracie, Joaquim Barbosa, Nelson Jobim, Néri da Silveira, Sepúlveda Pertence e Sydney Sanches.
Confira a nota completa abaixo realizada pelos ministros:
“Nós, abaixo assinados, todos ministros aposentados e ex-presidentes do Supremo
Tribunal Federal, vimos a público para dar conta do nosso mais veemente repúdio aos
atos, ontem perpetrados em Brasília (Praça dos Três Poderes), de tentativa de abolição
violenta do Estado Democrático de Direito, de golpe contra esse Estado mesmo, além
de terrorismo e depredação do patrimônio físico, histórico, artístico e cultural assim da
Nação brasileira como da própria humanidade.
Com esse mesmo firme propósito, externamos o nosso apoio às medidas investigativas,
cautelares e de prisão em flagrante até agora adotadas pelos três respeitáveis Poderes
da União, no sentido de chamar à devida responsabilidade civil, penal, política e
administrativa todos quantos se atreveram a conceber, fomentar, financiar e, por ação
ou omissão, realizar tão repulsivo e odioso atentado às instituições democráticas,
sobretudo.
Brasília (DF), 9 de janeiro de 2023”
Fonte: Conjur