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Ex-presidente da Geórgia teria sido ‘envenenado’ na prisão

Nesta segunda-feira, foi divulgado um boletim médico pelos advogados do ex-presidente da Geórgia, Mikheil Saakashvili, informando que ele foi envenenado na prisão com metais pesados e corre o risco de morrer se não receber o tratamento adequado.

Mikheil foi internado no hospital no ano passado após uma greve de fome de 50 dias para protestar contra sua prisão. O homem possui 54 anos de idade.

Um grupo de defesa dos direitos humanos denunciou a decisão por ter sido proferida com motivações políticas.

Médicos e toxicologistas afirmam que ex-presidente da Geórgia foi envenenado com metais pesados

O toxicologista David Smith, que faz parte da equipe do ex-presidente, escreveu que “exames revelaram a presença de metais pesados” no corpo de Mikheil. Ele menciona que as substâncias incluíam arsênico e mercúrio, e teriam sido introduzidas após sua entrada na prisão, segundo Smith.

Os autores do relatório, com data de 28 de novembro, mencionaram que medicamentos nocivos estavam sendo administrados a ele sem a devida supervisão.

Por fim, eles mencionaram que com os metais presentes no corpo do ex-político, o risco de morte é iminente sem um tratamento adequado. As autoridades georgianas insistem que Saakashvili está recebendo os cuidados médicos adequados dentro da prisão.

Mariam Jishkarian, que examinou Saakashvili, comentou à AFP nesta segunda-feira que ele foi “diagnosticado com danos cerebrais e toxicidade neurológica“.

O ex-presidente foi o fundador da principal força da oposição da Geórgia e presidente do país de 2004 a 2013. Ele foi condenado por abuso de suas funções e sentenciado a seis anos de prisão em 2018.

Saakashvili estava exilado na Ucrânia e foi detido logo que retornou, em 2021.

Fonte: G1

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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