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Ex-presidente do Kosovo enfrenta julgamento por crimes de guerra em Haia: a verdadeira história por trás do caso

O Tribunal Especial para o Kosovo em Haia, na Holanda, começa nesta segunda-feira (3) o julgamento do ex-presidente kosovar Hashim Thaçi e três outros réus acusados de crimes de guerra e contra a humanidade supostamente cometidos entre 1998 e 2000 pelo Exército de Libertação do Kosovo. 

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A guerra do Kosovo, o último conflito da ex-Iugoslávia, causou mais de 13 mil mortes e terminou por causa da intervenção da Otan.

Hashim Taçi, ex-presidente de Kosovo, e três outros acusados serão julgados pelo crime de guerra

Ex-guerrilheiro do Exército de Libertação de Kosovo, Thaçi é responsabilizado ao lado de outros três suspeitos por quase 100 assassinatos, desaparecimento forçado, perseguição e tortura, pelo Tribunal Especial. Todos se declararam inocentes e receberam o apoio de kosovares. A maioria da população considera o julgamento uma injustiça e uma tentativa de reescrever a história de sua luta pela independência.

Denunciado em 2020, Hashim Thaci renunciou ao cargo de presidente que ocupava desde 2016 para enfrentar as acusações. Ele está preso desde então em um centro de detenção em Haia. O julgamento deve ser longo e pode durar mais de um ano. Promotores envolvidos no caso afirmaram que precisariam de dois anos para apresentar todas as evidências.

Com uma população majoritariamente albanesa, o Kosovo era uma província da Sérvia até 1998, quando albaneses se rebelaram contra o governo de Belgrado em uma guerra civil marcada pela brutalidade do exército sérvio. Estima-se que 13 mil pessoas morreram no conflito, a maioria delas de etnia albanesa. 

A guerra só terminou após uma campanha aérea da OTAN de 78 dias, em 1999, que forçou as tropas sérvias a recuarem. Em 2008, Kosovo declarou sua independência da Sérvia, um movimento que Belgrado se recusa a reconhecer.

Fonte: G1

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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