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Falar em nome da liberdade é uma definição de vida

Falar em nome da liberdade é uma definição de vida

Ainda no 9º período do Curso de Direito, tive a recente felicidade de ser aprovado no Exame de Ordem, de modo que realizei a 2ª fase em Direito Penal, por óbvio. É pública minha paixão pelas Ciências Criminais. 

Diante disso, muitos perguntam se pretendo realmente seguir carreira nessa área que, para alguns tantos, “não tem futuro”. Eu não sei bem qual o critério para terem chegado nessa rasa conclusão, confesso. Mas uma coisa eu sei:

falar em nome da liberdade é uma definição de vida!

Falar em nome da liberdade

É notório que o advogado criminal é mal compreendido por parte da população. Custa conceber como alguém pode defender pessoas acusadas de estupro, tráfico de drogas, roubo, homicídio e etc. O assunto “crime” é motivo de muito alvoroço em todo lugar e de muita ignorância também, diga-se de passagem. 

Mas não podemos esquecer que a Advocacia Criminal é a última barreira entre o acusado e o Estado, com todo seu aparato coercitivo. A defesa é algo inerente ao ser humano desde o seu surgimento, desafiada por diversas maneiras. Com isso, defender alguém de ser privado da liberdade exige avidez e destemor. A advocacia não é profissão para covardes, como bem destacou Sobral Pinto. 

A liberdade é o bem mais caro ao ser humano

Não há, definitivamente, vida sem liberdade! 

Não tenho dúvida que esse preconceito com o criminalista pode ser erradicado, de tal sorte que devemos trabalhar forte nesse ponto. Por diferentes maneiras, seja em explanações ou até mesmo na atuação forense, acredito que essa última deva ser a mais prazerosa.   

Na verdade – para que fique bem claro – o advogado criminal jamais defendeu acusado algum, sempre foi em nome da liberdade (há um abismo de diferença nisso). Porque, como bem salientou Miguel de Cervantes, na voz de Dom Quixote, quando ele fala a Sancho:

Pela liberdade, Sancho, da mesma forma que pela honra, deve arriscar a vida!

Dessarte, falar em nome da liberdade de alguém não é menos que um privilégio. Uma demonstração clara de confiança que recai ao advogado criminal, devendo agir com altivez, pois, diante da sua expertise, haverá sempre o desiderato de um ser humano. Aqui, com mais efeito, não é admissível erro.

Certo é que seguir nessa carreira não é fácil ante as adversidades diárias, mas, com certeza, a possibilidade de falar em prol da restauração do status libertatis de alguém nos move, diuturnamente, nessa ânsia pela liberdade.


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