A família de Antônio da Costa Santos, o Toninho do PT, se manifestou através de seu advogado, afirmando que a decisão de arquivamento do inquérito que apurava a sua morte reconhece a omissão do estado brasileiro e a falta de estrutura da autoridade policial para fazer a investigação. Toninho foi assassinado em 2001.

Caso Toninho do PT completa 20 anos
O político foi morto no dia 10 de setembro de 2001, por um disparo de arma de fogo que o atingiu na artéria aorta quando ele saía do shopping Iguatemi, pela Avenida Mackenzie, e retornava para a casa. Toninho havia sido eleito em 2000 como prefeito de campinas e estava no poder há oito meses quando ocorreu o crime.
Segundo o Ministério Público, indícios apontam que o tiro que matou o prefeito foi disparado por Anderson José Bastos, o “Ancio”, um sequestrador que integrava a quadrilha de Wanderson Nilton de Paula Lima, o “Andinho”. Ancio e outro comparsa acabaram mortos em Caraguatatuba (SP) durante uma ação policial menos de um mês após o crime contra cometido contra Toninho.
O MP afirma que não descarta a motivação política para o caso, mas afirma que até hoje não foi possível chegar a indícios de autoria e prova da materialidade que apontassem esta tese.
Já a família do político, afirma que a motivação do crime foi política em razão da sua atuação na sociedade antes mesmo de se eleger prefeito.
Na última quarta-feira (16), o juiz José Henrique Rodrigues Torres, da Vara do Júri, reconheceu a omissão do estado o caso e arquivou o inquérito policial em razão de o crime já ter prescrito.
O advogado que representa a família de Toninho do PT disse que diante da falta de respostas do processo criminal brasileiro, os familiares da vítima já acionaram, em março deste ano, a Organização dos Estados Americanos para pedir a punição do estado brasileiro. Agora, com a prescrição do crime e a decisão de arquivamento, a defesa disse que espera ter base suficiente para obter a condenação. A resposta deve sair até dezembro.
Fonte: G1