Felipe Prior se pronuncia sobre condenação de estupro e faz pedido inusitado

Felipe Prior pede que seus fãs não ataquem advogadas

Na última semana, o ex-BBB Felipe Prior foi condenado a uma pena de seis anos em regime semiaberto pelo crime de estupro. Na última quarta-feira (19), o arquiteto falou sobre o caso e pediu aos fãs que parem de atacar as advogadas responsáveis pela defesa da vítima. Ele disse ainda que é inocente e que irá recorrer da decisão. Confira o pronunciamento de Prior aqui.

Confira o pronunciamento de Felipe Prior

“Fala, pessoal, tudo bem? Felipe Prior aqui. Pessoal, primeiro, estou passando aqui para agradecer pelas mensagens de solidariedade que estão mandando para mim nas redes sociais. Tenho certeza que a gente vai vencer essa batalha.

Mas eu estou aqui para pedir também para vocês pararem de mandar mensagem às advogadas que se dizem agredidas por mim. Essas mensagens atrapalham a minha defesa. Tudo o que eu não preciso nesse momento agora é de maior exposição.

Eu sei que vocês torcem por mim. Por favor, não mandem mensagem às advogadas e nem às outras pessoas dos casos. Eu preciso, neste momento, da força e compreensão de vocês.

Vale ressaltar que eu não sei quem são essas pessoas que estão mandando essas mensagens, mas repito que parem. O único apelo que eu tenho neste momento é pedir para parar, não vai contribuir em nada isso tudo.

E também estou aqui para falar que eu sou inocente e que iremos vencer tudo isso.

Obrigado de coração, é isso que eu tenho para dizer. Um beijo para todo mundo”.

Leia mais:

Investigação sobre a morte de Tupac ressurge após quase três décadas

“Attenzione pickpocket”: italiana avisa turistas contra ladrões e vira meme viral

Entenda a condenação de Felipe Prior

O ex-participante do Big Brother Brasil 20 foi considerado culpado pela 7ª Vara Criminal da capital paulista, por um caso de estupro que teria acontecido em 2014. A decisão foi proferida em sede de primeira instância, e ele poderá recorrer da decisão em liberdade.

Prior foi condenado a pena mínima prevista para o crime de estupro sob as seguintes justificativas:

  • O réu é primário, ou seja, não possui nenhuma sentença penal condenatória transitada em julgado.
  • O réu possui bons antecedentes.
  • O réu possui residência fixa e emprego lícito.
  • As circunstâncias do crime “não escapam ao que de ordinário se verifica em crimes dessa natureza”

A decisão condenatória ainda não transitou em julgado, ou seja, a defesa ainda poderá recorrer ao Tribunal de Justiça de São Paulo, em sede de segunda instância. Posteriormente, ainda poderão caber recursos ao Superior Tribunal de Justiça e ao Supremo Tribunal Federal.

Em relação a escolha do regime de cumprimento de pena, qual seja: regime semiaberto, o Código Penal define que o condenado não reincidente, cuja pena seja superior a quatro anos e não exceda a oito, poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime semiaberto.

Confira o depoimento da vítima

De acordo com Tamis (nome fictício), no dia 8 de agosto de 2014, ela estava com uma amiga em uma festa universitária que antecedia o InterFAU, competição esportiva em que participam diversas turmas de faculdades de Arquitetura e Urbanismo do estado de São Paulo.

Na hora de ir embora, ela pegou uma carona com Prior e disse que nunca desconfiaria que algo pudesse acontecer pois já havia pego carona com ele diversas outras vezes.

Porém, no dia em questão, Prior teria deixado a amiga de Tamis em casa e em seguida, parado o carro em uma rua escura, onde o crime aconteceu:

“A gente estava voltando da festa, ele deixou primeiro a minha amiga na casa dela. Quando a gente estava indo sentido à minha casa, ele parou o carro no meio da rua, desafivelou meu cinto, começou a me beijar. A rua estava muito escura, já era de madrugada. Ele foi para o banco de trás e me puxou. E eu fui”

“Começou a tirar minha roupa e, à medida que as coisas iam acontecendo, ele se tornava cada vez mais agressivo comigo. Eu falei ‘Felipe, eu não quero, não quero’, e ele continuou insistindo, continuou tirando a minha roupa e começou a penetração. Cada vez que eu falava que eu não queria, ele se tornava mais agressivo. Eu comecei a tentar resistir fisicamente, e ele começou a puxar meu cabelo. Começava a me segurar pelos braços, me segurar pela cintura. Proferiu umas frases muito… Passaram 9 anos e, tipo… Ele começou a falar para eu parar de me fazer de difícil, que é claro que eu queria, que agora não era hora de falar que não e começou a forçar a penetração.”

“E aconteceu a laceração, que foi bem doloroso. Eu gritei. Começou a sair muito sangue. E eu comecei a gritar de dor, e aí ele parou imediatamente, falou: ‘O quê que é isso?  E eu, tipo, não sabia o que estava acontecendo, estava muito assustada. Só fui pegando minhas roupas e tentando estancar o sangue. Aí ele perguntou se eu queria ir para o hospital. Falei que não, que eu só queria ir para minha casa.”

prior
Mulher que acusou Felipe Prior de estupro relata o crime para o Fantástico. Imagem: SRzd

Fonte: G1