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400 contra 1: conheça o filme que mostra a história do Comando Vermelho

O sucesso duvidoso do filme “400 contra 1 – Uma história do crime organizado”

No mundo do cinema, retratar eventos verídicos é um desafio. Este é o caso de “400 contra 1 – Uma história do crime organizado“, que estreou nesta sexta-feira (6). A película tenta repassar a trajetória turbulenta de William da Silva Lima (interpretado por Daniel de Oliveira), audacioso assaltante de bancos que, confinado na prisão junto com presos políticos durante o auge da ditadura nos anos 1970, organiza um grupo temido até hoje no país.

No entanto, a execução deixa a desejar. A trama fica confusa com uma série de flashbacks e o desenvolvimento dos personagens deixa a desejar. Além disso, o filme parece priorizar o choque visual, com um excesso de cenas impactantes, o que acaba prejudicando a narrativa.

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Qual a reação dos críticos ao filme “400 contra 1”?

A crítica tem sido contundente. A tentativa de Caco Souza de retratar a história de William Silva Lima acabou desgastada por uma profusão de cadáveres, temporais e personagens subdesenvolvidos e clichês. O sangue jorrando e os indicadores de ano em que cada ação acontece parecem ser mais importantes do que um roteiro bem trabalhado.

A trama perde em comparação com “Quase dois irmãos”?

Em comparação com “Quase dois irmãos” (2004), de Lúcia Murat, que retratou o mesmo episódio histórico de William e seu bando, o “400 contra 1” perde força. Enquanto Murat teve um viés político-social, Souza tentou implementar uma aura policial e pop, mas a execução careceu de cuidado e profundidade. O filme de Souza, inspirado por obras como “Jogos, trapaças e dois canos fumegantes”, do cineasta inglês Guy Ritchie, entregou um resultado muito aquém do esperado.

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Onde “400 contra 1” falha em seu propósito?

Embora cheio de bons atores, como Oliveira, Daniela Escobar, Branca Messina e Fabrício Boliveira, “400 contra 1” carece de personagens cativantes e uma boa narrativa de ritmo. A impressão é que, apesar da excelente história para contar, floreios visuais e narrativos impediram o filme de atingir seu potencial.

Em conclusão, “400 contra 1 – Uma história do crime organizado” é um exemplo de uma boa história que poderia ter sido melhor executada. As complexidades da narrativa e a falta de desenvolvimento dos personagens prejudicaram o impacto da trama, tornando difícil para o público se envolver e seguir a história. A crítica ao filme ressalta as falhas em sua execução, proporcionando aprendizados valiosos para futuros cineastas no gênero.

Redação

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