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Novo filme sobre o caso Richthofen é lançado, veja o que é real e o que é ficção

Após dois anos do lançamento de “A Menina que Matou os Pais” e “O Menino que Matou Meus Pais”, lançados simultaneamente pela Prime Video, o terceiro filme da franquia foi lançado na última sexta-feira (27). “A Menina que Matou os Pais – Confissões” mostra o lado da polícia nas investigações do caso Richthofen.

Em 2002, Suzanne von Richthofen, Daniel e Cristian Cravinhos foram presos pelo assassinato de Manfred e Marísia von Richthofen. Os três assumiram a autoria do crime quando pressionados pela polícia por seus depoimentos terem inconstâncias.

“A Menina que Matou os Pais” mostra o ponto de vista de Daniel e “O Menino que Matou Meus Pais”, o de Suzanne. O relacionamento dos dois não era aprovado pela família de Suzanne e eles decidiram assassinar os pais dela. 

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Reprodução: O Planeta TV

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Semelhanças com o caso Richthofen

Baseado nos autos do processo e no livro “Casos de Família”, de Ilana Casoy, “A Menina que Matou os Pais – Confissões” mostra o enterro de Manfred e Marísia quando a polícia não desconfiava do envolvimento da filha no caso. Com o cabelo escovado e uma blusa curta, Suzanne chamou a atenção de Roberto Tardelli, promotor de Justiça.

“Notei no velório do casal, quando vi a Suzane com o cabelo escovado e uma blusinha baby look, percebi haver algo errado. Depois de tantos anos de promotoria, falei para quem estava me ouvindo: ela está gritando gol”, contou para o Splash.

Carla Diaz, atriz que dá vida a Suzanne nos filmes, aparece com um figurino semelhante.

Outro momento que soou como um alerta para os investigadores e que é retratado no longa, foi a visita da equipe à mansão em que ocorreram os homicídios. Os oficiais foram até o local em busca de pistas e encontraram Suzanne comemorando seu aniversário de 19 anos três dias após a morte de seus pais. Com a casa lotada de amigos e todos na piscina, a mandante do homicídio estava fumando com eles.

Ricardo Salada, membro do Instituto de Criminalística (IC) de São Paulo, foi retratado no filme também. Salada é perito e o personagem tem o seu nome no longa. Para o Vênus Podcast, ele contou que Cristian Cravinho foi o primeiro a confessar o crime, seguido pelo seu irmão Daniel e Suzanne por último. 

Diferenças do filme para a vida real

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Reprodução: Diário Pernambucano

Uma das maiores diferenças no filme foi a delegada que investiga. Cintia Tucunduva, que foi a delegada responsável pela investigação em 2002, foi retratada pela personagem Delegada Heloísa. Ao ser questionada sobre o motivo da mudança, Tucunduva contou que não foi procurada pela produção do filme.

Ilana Casoy, que é a corroterista da produção, afirmou que queria homenagear a equipe, mas que tinha um limite do quanto podia fazer isso.

“A Cíntia não fez o caso sozinha, ela trabalhou com o Ado, com o Maze, com o Salada… De alguma forma, eu quis homenagear todo mundo, mas, é claro, existe um limite máximo.”

Outro fato que ficou de fora do filme foi o julgamento. Em 2006, Suzanne von Richthofen e Daniel Cravinho foram condenados a 39 anos e 6 meses de prisão. Já Cristian Cravinho recebeu a pena de 38 anos e 6 meses. No filme, há um salto temporal, mostrando o trio em celas esperando a decisão do júri.

Mauro Nacif, advogado de Suzanne, foi uma peça essencial para o julgamento. Ele contribui para deixar os jurados divididos sobre o quão culpada sua cliente era. Em entrevista ao Fantástico, dois jurados pareciam ter opiniões contraditórias sobre a réu. José Willians de Souza acreditava que Suzanne era uma pessoa carente em todos os sentidos de afeto. Já Cleide Caris, disse que ela não passava carência afetiva, sendo uma pessoa fria.

No filme, um advogado é mostrado rapidamente ao dizer para Suzanne o resultado do julgamento.

Relembre o caso

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Reprodução: Diário Pernambucano

O Caso Richthofen ocorreu em 31 de outubro de 2002 no bairro Brooklin, em São Paulo. As vítimas, Manfred e Marísia von Richthofen foram assassinados por Cristian e Daniel Cravinho enquanto dormiam, a mando de Suzanne, filha do casal.

Suzanne e Daniel estavam em um relacionamento que não contava com o apoio de suas famílias, especialmente a da garota. Com o apoio de Cristian, irmão de Daniel, simularam um latrocínio e os irmãos mataram o casal. 

Os três confessaram o crime em 8 de novembro de 2002 e o julgamento ocorreu em 17 de julho de 2006, que durou cinco dias.

Assista ao trailer do filme:

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