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O que dizer do Game Simulador de Escravidão?

O game Simulador de Escravidão foi feito por um estúdio independente e está disponível na store do Google. Me pergunto sobre os critérios utilizados para que esse produto estivesse lá, ou melhor, sobre a completa falta de qualquer nível de controle sobre os conteúdos disponibilizados na plataforma.

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Game Simulador de Escravidão

Este título pode ser relacionado juntamente com Rapelay, Etnic Cleansing e outros games dedicados a difundir uma cultura de ódio – o que eu critiquei de forma incisiva em meu livro Videogame e Violência, no qual eu defendo a liberdade de expressão artística e refuto a suposta relação de causa e efeito entre “jogos violentos” e violência real.

Sendo bem claro, a liberdade de expressão não comporta esse tipo de conteúdo, que não representa de modo algum a indústria dos games.

Vamos torcer para que seja retirado do ar rapidamente. Curiosamente, esse tipo de situação evidencia o quanto é insensato não regular as big techs. Não dão conta nem das próprias plataformas, quem dirá o que usuários postam…

PS: aparentemente foi retirado da loja de aplicativos do Google após terem verificado que violava as suas políticas… Ou seja, inexiste um filtro prévio. O estúdio responsável, Magnus Games, é da Malásia.

Salah H. Khaled Jr.

Doutor e mestre em Ciências Criminais (PUCRS). Mestre em História (UFRGS). Professor de Direito Penal e Criminologia e do mestrado em Direito e Justiça Social da Universidade Federal do Rio Grande (FURG).

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