Gás sarin no metrô de Tóquio: relembre o caso de ataque que parou o Japão
Terror no metrô de Tóquio: o impactante ataque com gás sarin
As lembranças do traumático ataque ao metrô em Tóquio em 1995 ainda assombram os antigos passageiros e chocam o mundo por sua magnitude e incompreensível crueldade. Na manhã de 20 de março, o que começou como mais uma típica jornada de trabalho para as inúmeras pessoas amontoadas na movimentada rotina da cidade, em pouco tempo tornou-se um pesadelo inimaginável.
Nuvens de Gás sarin, um gás tóxico de fabricação nazista, infiltraram-se através das linhas do metrô, desencadeando cenas de horror após ser liberado na forma líquida nos vagões. O gasoso assassino foi deliberadamente libertado pela seita Aum Shinrikyo (“Verdade Suprema”, em japonês).
LEIA MAIS:
STF avalia denúncia de corrupção contra presidente do PT – Gleisi Hoffmann
STF bate o martelo e PF cumpre mandados contra investigados por ‘tentativa de golpe’
Como foi o ataque do Gás sarin?
O plano foi meticulosamente arquitetado para causar caos e destruição. Testemunhas oculares relataram um forte cheiro químico, similar ao de um solvente de tinta, logo antes do início da tragédia. Aparentemente inócuas bolsas contendo o veneno mortal foram discretamente perfuradas pelos autores do ataque com o bico de seus guarda-chuvas, liberando o gás num ato de terror indescritível.
Quais foram as consequências imediatas do atentado?
Os enganosamente simples implementos do horror resultaram em 13 mortos e mais de 6.300 feridos, num cenário que lembra uma zona de guerra. Sintomas como convulsões, asfixia e sangramento nasal abateram as vítimas, enquanto o pânico se espalhava como um incêndio incontrolável. Os passageiros se debatiam e aqueles que tentaram ajudar foram rapidamente superados pelos efeitos debilitantes do Gás sarin.
Foi uma manhã de medo e desespero em Tóquio
Fora das estações do metrô, a cena era igualmente assustadora. Os transeuntes observavam com horror enquanto os passageiros emergiam tossindo, vomitando e desorientados, usando máscaras improvisadas para se proteger do Gás sarin. Forças de emergência marcharam em uniformes antirradiação e máscaras de gás, enquanto helicópteros e ambulâncias corriam para atender aos feridos. Imagens de soldados carregando pessoas inconscientes nos ombros e médicos realizando massagens cardíacas no meio da rua ficaram gravadas na memória de todos.
Nessa manhã de terror, o Japão, um país conhecido por sua baixa taxa de criminalidade e mais acostumado a lidar com desastres naturais do que ataques terroristas domésticos, experimentou um novo tipo de medo. Apesar das amargas memórias, Tóquio, como um verdadeiro símbolo de resiliência, segue relembrando e honrando as vítimas deste trágico evento, um marco da história japonesa.