Noticias

Como o genocídio armênio se tornou uma política de Estado brutal que inspirou os nazistas

Genocídio armênio: uma tragédia histórica que não pode ser esquecida

O termo “genocídio” foi cunhado não na época do genocídio armênio, mas em decorrência desse lamentável evento da história da humanidade. Isso ocorreu no início do século XX, um período que, infelizmente, se tornou marcado por extermínios em massa. O jurista polonês Raphael Lemkin iniciou sua busca por um novo termo que pudesse definir uma atrocidade que até então não havia recebido um nome específico: a intenção e realização do assassinato de todo um grupo étnico ou religioso, simplesmente por existir.

Um dos mais terríveis paradoxos envolvendo o genocídio armênio é a realidade de que, apesar da aceitação geral entre historiadores independentes de que o ocorrido é de fato um genocídio, menos de 30 países reconhecem oficialmente esse fato. O mais recente a admitir a classificação foi os Estados Unidos, por meio do presidente Joe Biden. Entretanto, países como Espanha e Brasil ainda não o reconhecem. A Turquia, por sua vez, vê o uso do termo genocídio como uma ofensa, enquadrando as matanças ocorridas durante a Primeira Guerra Mundial sob outro termo.

genocídio armênio
Como o genocídio armênio se tornou uma política de Estado brutal que inspirou os nazistas 3

LEIA MAIS:

Operação histórica: Marinha apreende cerca de 1,3 tonelada de drogas no Amazonas

STF recebe queixa-crime contra Major Vitor Hugo por difamação

Revelações impactantes sobre o Genocídio Armênio

Segundo o diretor do Centro de Estudos do Holocausto e dos Genocídios na Universidade Clark (Massachusetts), Taner Akçam, não há dúvidas, entre acadêmicos e estabelecimentos norte-americanos, que o que ocorreu com os armênios se classifica como genocídio. Akçam dedicou sua carreira a coletar e publicar evidências de que o assassinato dos armênios não foi mero pogrom desorganizado e espontâneo, e sim uma política de Estado implementada pelo grupo político conhecido como Jovens Turcos, em vigor de 1908 a 1918.

O que dizem as provas?

Existem provas documentais suficientes sobre o caso armazenadas em diferentes partes do mundo. Taner Akçam mesmo publicou livros apresentando telegramas criptografados do ministro do Interior dos Jovens Turcos, Talat Pasha. Apesar do governo turco inicialmente alegar que eram falsificações, Akçam provou sua autenticidade. Em um desses telegramas, Pasha ordenava o extermínio de todos os armênios vivendo na Turquia. De certa forma, esses documentos comprovam as intenções genocidas das autoridades turcas.

Impacto no Mundo

O caso deixou marcas profundas na história da humanidade e, indiretamente, contribuiu para a formulação da conceituação legal de genocídio. Foi objeto de estudo e influência para outros eventos similares, como o Holocausto. Além disso, resultou em uma diáspora armênia, com impacto cultural significativo que perdura ainda em dias atuais.

Em resumo, o genocídio armênio é um daqueles eventos da história humana que não podemos, nem devemos, esquecer. É crucial reconhecer e compreender a magnitude deste crime contra a humanidade para evitar que outros semelhantes ocorram no futuro.

genocídio armênio
Como o genocídio armênio se tornou uma política de Estado brutal que inspirou os nazistas 4

Redação

O Canal Ciências Criminais é um portal jurídico de notícias e artigos voltados à esfera criminal, destinado a promover a atualização do saber aos estudantes de direito, juristas e atores judiciários.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo