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Giovanna Antonelli pede ‘cadeira elétrica’ para Guilherme de Pádua

“Tinha que estar na cadeira elétrica” disparou a atriz, na quarta-feira (02), após o pedido de desculpas de Guilherme de Pádua pelo assassinato de Daniella Perez vir a público. Giovana Antonelli comentou em suas redes sociais o fato de o assassino estar solto mesmo após ter cometido um crime brutal, salientando que ele deveria ter sido condenado à cadeira elétrica, pena não é permitida no Brasil.

Pena de morte não é permitida no Brasil

De acordo com a Constituição Federal de 1988, a pena de morte não é permitida no Brasil. Assim, o comentário de Giovana Antonelli não poderia ser acatado na justiça: 

Art. 5º, XLVII – não haverá penas:

a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;

b) de caráter perpétuo;

c) de trabalhos forçados;

d) de banimento;

e) cruéis;

Não sendo permitida a pena de morte, e de caráter perpétuo, o art. 5º ainda prevê no seu inciso XLVI, que as penas adotadas serão as seguintes:

Art. 5º, XLVI – a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:

a) privação ou restrição da liberdade;

b) perda de bens;

c) multa;

d) prestação social alternativa;

e) suspensão ou interdição de direitos;

Dessa forma, após Guilherme de Pádua ter cumprido sua pena de prisão em regime fechado, ele estaria apto a viver em sociedade novamente, segundo a Constituição Federal.

Pedido de perdão feito por Guilherme de Pádua

No dia 02 de agosto, Guilherme de Pádua publicou um vídeo em seu canal do YouTube, mandando recado para Glória Perez, mãe de Daniella e Raul Gazolla, marido de Daniella na época em que foi assassinada. “Sempre disse que o meu maior sonho era poder pedir perdão”. O ex-ator, agora pastor, explicou que muitas pessoas duvidam que ele realmente pudesse ter se arrependido de ter cometido o crime.

“Mas talvez eu nunca vá ter uma oportunidade real de pedir perdão. Por isso, Glória Perez, eu te peço perdão, por todo sofrimento que eu te causei. Eu jamais esqueci daquele encontro na carceragem. Nunca esqueci”.

Nas redes sociais, famosos como Gi Lancellotti, Galisteu, Massafera reagiram negativamente ao vídeo gravado pelo ex-ator, o chamando de “psicopata”. Para Gazolla, Guilherme mandou a seguinte mensagem:

“Eu te peço perdão. Eu nunca esqueci do dia que eu fui chamado na delegacia, você estava lá e se arrastou até a mim. Me abraçou chorando. E ali eu vi que eu era a pior pessoa do mundo”.

Assassinato cometido por Guilherme de Pádua

Nos anos 90, Daniella Perez, filha da escritora e novelista Gloria Perez, era uma grande estrela das novelas do Brasil. Casada com o ator Raul Gazzola, a jovem estava atuando na novela De Corpo e Alma (1992), escrita pela sua mãe, Gloria. Guilherme de Pádua era seu parceiro de cena, e após ter sido diminuído seu papel na novela, devido ao destaque de Daniella, matou a jovem com ajuda de sua esposa na época, Paula Thomaz. Os agressores atingiram Daniella com 18 punhaladas, tornando impossível a defesa da vítima, o que incidiu como qualificadora na sua condenação. O corpo da atriz foi encontrado perto de um matagal na Barra da Tijuca, na noite de 28 de dezembro de 1992.

Os dois foram condenados por homicídio qualificado, pelo Tribunal do Júri, que considerou que o crime havia sido premeditado. O caso teve grande repercussão na época por se tratar de atores globais, e até hoje é lembrado. 

Documentário “Pacto Brutal

Este ano, a HBO MAX lançou um documentário produzido por Tatiana Issa e Guto Barra mostrando os dolorosos relatos da mãe de Daniella, Glória Perez. A produção explica como Guilherme e Paula Thomaz mataram a jovem atriz, e os motivos que os fizeram cometer o crime brutal.

Pacto Brutal - O Assassinato de Daniella Perez

Diretor: Glória Pérez

Data de criação: 2024-12-08 03:10

Classificação do editor:
5
Pacto Brutal - O Assassinato de Daniella Perez

Diretor: Glória Pérez

Data de criação: 2024-12-08 03:10

Classificação do editor:
5

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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