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Golpe com deepfake causa perda de R$ 126,5 milhões a uma multinacional

Uma empresa multinacional teve um prejuízo extremamente significativo decorrente, de um sofisticado golpe. Sua perda de aproximadamente 200 milhões de dólares de Hong Kong, que equivale a 126,5 milhões de reais, foi resultado de criminosos que conseguiram enganar funcionários da empresa com a ajuda da tecnologia deepfake.

As informações sobre o golpe milionário com deepfake foram divulgadas pelo jornal de língua inglesa de Hong Kong, South China Morning Post.

Golpe com deepfake causa perda de R$ 126,5 milhões a uma multinacional
Foto: Tensor Spack/Adobe Stock

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Entenda como ocorreu o golpe

Os fraudadores utilizaram a tecnologia de deepfake para criar uma falsa chamada de vídeo em grupo. Nela, fabricaram representações convincentes do diretor financeiro da empresa e de outras figuras importantes. Para a confecção dessas imagens, utilizaram fotografias públicas. Eles conseguiram enganar funcionários que, acreditando na veracidade da chamada, efetuaram um total de 15 transferências para cinco contas bancárias em Hong Kong.

Tudo começou em meados de janeiro, quando o departamento financeiro da empresa recebeu uma mensagem suspeita. Segundo o South China Morning Post, era uma estratégia típica de golpes de phishing, onde os golpistas usam um atrativo para chamar a atenção da vítima. Nesse caso, a isca foi a suposta mensagem do diretor financeiro, cuja base fica no Reino Unido.

Deepfakes: um crescente perigo

A polícia de Hong Kong, cidade onde ocorreu o incidente, foi citada pelo jornal, mas não identificou a empresa afetada nem os funcionários envolvidos até o momento.

Esse caso ilustra bem o perigo crescente de deepfakes. Essa é uma tecnologia que usa inteligência artificial para criar representações hiper-realistas. Ela tem potencial para ser usada de forma benéfica, como em filmes ou jogos. Mas, como no caso descrito acima, também pode ser utilizada para fins maliciosos, causando graves prejuízos.

Vale salientar que todos devem estar atentos a tipos de mensagens e chamadas suspeitas e sempre verificar a identidade da pessoa com quem se está comunicando, especialmente se a conversa envolver transferências financeiras ou dados confidenciais. Além disso, é fundamental que as empresas invistam em segurança cibernética robusta e educação de funcionários para minimizar o risco de golpes como esses.

Para enfrentar esse novo tipo de ameaça, a tecnologia também tem avançado. Hoje, já existem softwares que ajudam a identificar a autenticidade de uma chamada ou vídeo, o que pode ser uma aliada valiosa na luta contra golpes de deepfake.

Fonte: Folha de São Paulo

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