Caso ‘playboy da batida’: famoso golpista foi vítima de estelionato no DF
Conhecido como “playboy da batida”, Glauber de Oliveira é preso por esquema de golpes em seguradoras
Glauber Henrique Lucas de Oliveira, golpista conhecido na capital do país como o “playboy da batida”, foi preso em 19 de setembro de 2023, alvo da Operação Coiote conduzida pela Polícia Civil do Distrito Federal. A operação visava desarticular um sofisticado e lucrativo esquema de golpes contra seguradoras de veículos.
No entanto, um dos detalhes mais intrigantes de sua história é que, apenas alguns meses antes de ser preso, Glauber também se tornou vítima de fraude, quando teve seus cartões de crédito clonados. Vale ressaltar que a Polícia Civil foi contatada para comentar sobre a situação, mas preferiu não fornecer detalhes sobre antecedentes criminais individuais.

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Dupla face da moeda: de golpista à vítima de golpes
O irônico da situação é que Glauber, acusado de ser um dos principais golpistas um esquema que causava prejuízos astronômicos às seguradoras, também acabou por se tornar vítima de estelionato. De acordo com informações veiculadas no portal Metrópoles, Glauber reportou à polícia pelo menos duas situações em que foi vítima de golpes financeiros. Em abril de 2023, antes de sua prisão, ele relatou três transações no total de R$ 261,00 que não foram reconhecidas por ele em seu cartão de crédito.
O esquema de fraude de Glauber
O modo de operação de Glauber e sua organização de golpistas era meticuloso e ousado. Eles simulavam acidentes de trânsito com carros de luxo, causando a perda total dos veículos, para posteriormente receber o valor integral do seguro. A operação da quadrilha não era pequena: estima-se que, desde 2015, eles tenham faturado cerca de R$ 2 milhões, após simular 12 acidentes e destruir 25 veículos de marcas de luxo como Porsche, BMW, Audi, Volvo e Mercedes.
A megaoperação que desarticulou o esquema
Em 18 de setembro de 2023, a Polícia Civil de Brasília realizou uma megaoperação que resultou na prisão de Glauber e de outros cinco integrantes da organização de golpistas. O grupo ainda contava com a presença de uma advogada, uma ex-policial militar do DF e sua esposa, que de acordo com as investigações, atuavam fornecendo as informações pessoais para a realização do golpe.
Além das prisões, a operação resultou em seis mandados de busca em Taguatinga Norte, Vicente Pires e Ceilândia, o sequestro de 20 veículos e o bloqueio de R$ 2 milhões das contas dos envolvidos, determinado pelo Juiz Titular da Vara Criminal e Tribunal do Júri de Brazlândia.
Fonte: Terra