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Qual o papel das grandes empresas no combate à prática criminosa de discriminação no Brasil?

Responsabilidade corporativa: o papel das grandes empresas no combate à discriminação no Brasil

Dados recentes têm confirmado o que ja era perceptivo por muitos: o Brasil é um país racista. Segundo um levantamento realizado pela Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec), intitulado “Percepções sobre o Racismo no Brasil”, 44% dos entrevistados consideram que a cor da pele é o principal fator gerador de desigualdades no país, e 81% afirmam que o Brasil é um país racista.

Confirmada essa realidade, é crucial buscar formas de combatê-la e promover a transformação necessária. Esse combate ao racismo não pode se restringir somente ao governo ou à sociedade civil. As empresas possuem um papel importante na luta antirracista, sendo imprescindível o empenho e envolvimento delas para a promoção da igualdade racial.

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Imagem: reprodução/ Seconci SP

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Como as empresas podem efetivamente combater a discriminação?

Maria Alicia Lima Peralta, vice-presidente de Relações Institucionais, ESG e Comunicação do Grupo Carrefour Brasil, ressalta a importância de um esforço coletivo no combate à discriminação, envolvendo todo o ecossistema corporativo. Essa luta antirracista deve se estender desde prestadores de serviços a cooperativas, outras empresas e agências, com foco na valorização da diversidade.

Uma estratégia chave nessa batalha contra a discriminação é promover o letramento racial, capacitando as equipes para que compreendam e lidem com questões raciais cotidianamente. Maria Alicia destaca a importância de todos os envolvidos entenderem o valor da diversidade, não apenas para a sociedade, mas também para os negócios, como um passo fundamental na eliminação da discriminação.

E a representatividade no topo?

A luta antirracista no ambiente corporativo não seria completa sem abordar a representatividade racial em cargos de liderança. O intuito é trazer a discussão sobre o racismo para a rotina das organizações, mantendo-a sempre em evidência. No caso do Grupo Carrefour, há uma meta de alcançar 50% de liderança negra até 2025, índice que atualmente está em 42%.

Fornecedores, clientes e colegas de trabalho também precisam ser engajados nessa causa. Para isso, o Grupo Carrefour aderiu ao programa Racismo Zero. Maria Alicia pontua que é de suma importância influenciar o ecossistema corporativo para que outras instituições adiram ao movimento antirracista.

O combate ao racismo, entretanto, não é uma tarefa fácil, especialmente em empresas de larga escala como o Grupo Carrefour. Maria Alicia define o desafio da empresa na luta antirracista utilizando o tripé “treinamento, transparência e consequência”, que envolve a formação de uma cultura antidiscriminatória, a prestação de contas à sociedade e a punição de eventuais desvios de conduta.

A transformação está em andamento e, mesmo diante de desafios, o engajamento de grandes empresas nesta causa evidencia a busca por uma sociedade mais justa e igualitária, na qual o racismo não tenha espaço.

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Imagem: reprodução/ Grupo Carrefour

Redação

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