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A história chocante de Vlad, o Empalador e suas atrocidades sombrias

Conhecido como Vlad, o Empalador, Vlad III foi um príncipe romeno nascido em novembro ou dezembro de 1431 na Transilvânia. Membro da Casa de Drăculești, ele se tornou famoso pelas punições brutais que aplicava a seus inimigos e a qualquer um que considerasse uma ameaça ou aborrecimento. Seu pai, Vlad II, ganhou o controle da Valáquia durante um período de agitação política em que a Hungria e o Império Otomano disputavam pelo poder na região.

Durante sua infância, Vlad III e seus dois irmãos, Mircea (o mais velho) e Radu (o mais novo), foram criados para serem guerreiros, em um ambiente de constante conflito. Aos 11 anos, Vlad III viajou com seu irmão de 7 anos e seu pai para negociar um acordo com os otomanos para apoio militar. No entanto, eles foram imediatamente detidos e presos quando chegaram à corte turca.

Seu pai concordou em deixar seus dois filhos como prisioneiros políticos por tempo indeterminado para garantir sua lealdade. Vlad III e Radu foram mantidos em cativeiro por cinco anos, durante os quais Radu se adaptou à nova cultura otomana, mas Vlad III se rebelou contra seu confinamento, recebendo punições repetidas por meio de espancamentos dos guardas.

Mais tarde, como príncipe da Valáquia, Vlad III se tornou famoso por suas táticas brutais de guerra, incluindo o empalamento de seus inimigos no campo de batalha. Essa prática cruel ficou conhecida como a “Floresta das Lanças” e se tornou um símbolo de sua reputação sanguinária. Seus métodos brutais e sádicos inspiraram lendas e mitos, incluindo a criação do personagem do Conde Drácula no famoso romance de Bram Stoker, “Drácula”.

Embora sua reputação como líder cruel e impiedoso continue a ser controversa, não há dúvida de que Vlad III deixou um legado indelével na história da Romênia e da Europa. Seu nome se tornou sinônimo de terror e horror, e sua história continua a fascinar e perturbar as pessoas até os dias de hoje.

De acordo com relatos, durante o tempo em que foram mantidos em cativeiro, Vlad III e seu irmão testemunharam execuções de prisioneiros, incluindo a prática do enforcamento. Alguns especulam que o abuso físico e mental que Vlad sofreu durante esse período teve um papel significativo em sua transformação para o homem que ele se tornaria.

Apesar de seu pai ter feito um acordo com os otomanos, mais batalhas ocorreram e o palácio da família na Valáquia foi atacado, resultando na morte de sua mãe, pai e irmão mais velho. Após ser libertado pelo sultão turco, Vlad III recebeu um convite para se juntar à cavalaria otomana. No entanto, ele acabou fugindo da Turquia e decidiu vingar a morte de sua família e reivindicar o trono da Valáquia.

Depois de uma série de reinados tumultuosos liderados por onze governantes diferentes entre 1418 e 1476, incluindo Vlad III em três ocasiões distintas, a Valáquia se encontrava em um estado de caos e fragmentação. Foi nesse contexto de instabilidade política e conflito constante entre as facções locais que Vlad buscou consolidar o poder por meio de medidas drásticas e um terror absoluto.

Após uma breve vitória em 1448, quando se aproveitou da derrota de uma cruzada anti-otomana e da captura de Hunyadi para assumir o trono com o apoio dos turcos, Vlad III acabou sendo forçado a deixar o poder com o retorno de Vladislav II da cruzada. Foi necessário quase uma década para que ele tomasse o trono definitivamente em 1456, durante a qual percorreu várias regiões, desde a Moldávia até a Transilvânia.

Uma vez no poder, Vlad iniciou uma implacável vingança contra seus inimigos, estabelecendo sua reputação como “o Empalador” ao criar um legado de assassinatos brutais de homens, mulheres e crianças. O empalamento, sua técnica preferida, era uma forma terrível de tortura e morte, na qual a vítima era perfurada por um poste de madeira ou metal que saía pelo pescoço, ombro ou boca, prolongando sua agonia.

Vlad matou seus inimigos em massa, empalando as vítimas em uma floresta de estacas ao redor de seu castelo como uma mensagem clara para o seu povo: desobedecer às ordens do príncipe significava enfrentar um destino cruel e doloroso.

Muitos especulam que o abuso físico e mental sofrido por Vlad III durante seus anos como prisioneiro político dos turcos contribuiu para a transformação do príncipe em um líder sanguinário e implacável. Independentemente das causas de suas ações brutais, a reputação de Vlad, o Empalador, sobreviveu ao tempo e à sua própria morte, influenciando a cultura popular e tornando-se uma figura lendária do folclore romeno e da história europeia.

Redação

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