Conheça a história assustadora e sanguinária do 1° preso psiquiátrico do Brasil
O sinistro começo: explorando a história do primeiro detento psiquiátrico do Brasil que foi preso
No ano de 1926, a pacata cidade de Mimoso do Sul, situada no Sul do Espírito Santo, foi palco do infortúnio causado por um dos mais conhecidos assassinos da história do Brasil: Febrônio Índio do Brasil preso psiquiátrico.
Apresentando-se como Doutor Bruno Ferreira Gabina, Febrônio enganou os moradores do município e vitimou duas crianças com medicamentos incorretos ao se passar por médico. A revelação é do historiador Renato Pires Mofati, que conta como o interior, à época carente de profissionais na área da saúde, foi o cenário ideal para o crime.
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Quem foi Febrônio Índio do Brasil que foi preso?
Febrônio Índio do Brasil é conhecido como um dos mais brutais criminosos psiquiátricos da história do Brasil. Natural de São Miguel de Jequitinhonha, em Minas Gerais, seu histórico de insanidade chamou a atenção do Judiciário na década de 1920.
Segundo Mofati, Febrônio tinha a capacidade de criar diferentes personagens para si mesmo, exercendo funções diversas ao longo de suas décadas de crime, desde dentista até conselheiro espiritual. Este estilo de vida errante permitiu que ele percorresse diferentes localidades do país, deixando um rastro de sangue por onde passava.
Por que Febrônio, preso psiquiátrico, aterrorizou Mimoso do Sul?
A falta de recursos e profissionais de saúde genuínos facilitou a entrada triunfante de Febrônio em Mimoso do Sul. Segundo o historiador, as crianças vitimadas morreram após ingerirem medicamentos errados prescritos pelo falso médico. A identidade das crianças ainda é desconhecida, devido à escassez de registros e à dificuldade de comunicação da época.
A presença de Febrônio nas artes
A vida assombrosa de Febrônio inspirou diversos pesquisadores e escritores. O famoso assassino chegou até mesmo a escrever um livro intitulado “Revelações do Príncipe do Fogo”, cujo conteúdo de caráter místico e apocalíptico atraiu a curiosidade de líderes do movimento modernista de 1922, como Mário de Andrade.
Por outro lado, seus atos ferozes fizeram com que o seu nome fosse temido a tal ponto que igrejas e cartórios proibiram o registro de filhos com o nome de Febrônio.
O fim do Febrônio Índio do Brasil preso psiquiátrico
Febrônio foi diagnosticado como psicótico pelo psiquiatra Heitor Carrilho após dois anos de análise, o que resultou na sua internação no Manicômio Judiciário do Rio de Janeiro. Sua vida na instituição durou até 1984, quando faleceu de enfisema pulmonar, aos 89 anos, após 57 longos anos de confinamento.
Sua história, além de ter atraído estudiosos, também atraiu o media, sendo retratada pelo programa “Linha Direta – Justiça”, da TV Globo, em 2004. A lembrança desse episódio na tv ajudou a resgatar a história deste notório criminoso que aterrorizou Mimoso do Sul na década de 1920.