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Homem se fantasia de Jeffrey Dahmer em festa de Halloween e é criticado na web

Após o sucesso da série da Netflix sobre Jeffrey Dahmer, ‘Dahmer: Um Canibal Americano’ um empresário resolveu se fantasiar com trajes imitando o serial killer para uma festa de Halloween em Manaus, na última sexta-feira.

A fantasia de Alan Mósena, todavia, não agradou muito as pessoas que o acompanham pelas redes sociais, que inclusive o criticaram muito.

fantasia
Imagem: G1

Em vídeos publicados pelo empresário, é possível ver que ele foi vestido com uma roupa branca, suja de sangue e óculos com uma armação parecida com o que o assassino canibal usava. 

Alan ainda segurava um pó, simulando a droga que Dahmer dopava as vítimas antes de assassiná-las e estuprá-las.

Internautas criticam fantasia de Halloween de Jeffrey Dahmer

No Twitter, a principal crítica à fantasia é que ela remete a alguém que realmente existiu e que matou 17 homens reais.

“Se fantasiar de algo fictício ‘vampiro, bruxa’ é uma coisa, agora de um assassino que matou pessoas reais?”.

“Uma coisa é você se fantasiar de personagens que ficam na ficção e não de pessoas que trouxeram dor e sofrimento a diversas pessoas”.

“Imagina ver que as pessoas acharam a história tão legal a ponto de usar uma fantasia”. 

“Um desrespeito com as famílias e vítimas”.

Por outro lado, alguns internautas defenderam a fantasia de Alan.

“Não entendi a pira. Halloween não é pra se fantasiar com coisas que causam horror? E ele se parece mesmo com o assassino”.

Após a polêmica que a fantasia utilizada gerou, a namorada de Alan se manifestou sobre o assunto dizendo que ele escolheu a roupa “com muita pureza” e “a mais barata” já que o homem só precisava do óculos.

O empresário se pronunciou nas redes sociais também, pedindo desculpas se ofendeu algum familiar da vítima.

Confira a nota completa:

Na noite da última sexta-feira, dia 7, participei de um evento cujo tema era Halloween, onde as pessoas estavam fantasiadas de personagens que remetem ao gênero de terror.

Primeiramente, quero deixar claro que em momento algum a minha intenção foi de afetar ou atingir a imagem de alguém, classe social, raça ou orientação sexual, longe disso. Muito pelo contrário.

Em contrapartida estou sendo atacado incessantemente por pessoas que nem ao menos me conhecem, falando barbáries e me acusando. Xingamentos e atrocidades absurdas estão sendo dirigidas de forma injusta, pois eu não sou e nem concordo com o que o assassino cometeu.

Peço desculpas às pessoas que se sentiram de alguma forma afetadas, principalmente aos familiares das vítimas.

Porém, a série nos gera a grande reflexão sobre diversos problemas sócio-culturais perpetuados ao longo da nossa história, como: racismo, ineficácia policial, homofobia, distúrbios mentais e alcoolismo.

E assim com ela, não tive a intenção de romantizar um assassino.

Infelizmente, nem todos conseguiram enxergar dessa forma, porém foi a minha intenção. Enfim, jamais poderia deixar de vir aqui me expressar e poder explicar, devido aos ataques que venho recebendo.”

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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