Justiça Federal bate o martelo e liberta homens suspeitos de envolvimento com Hezbollah
Dois homens suspeitos de estarem envolvidos com o grupo terrorista libanês Hezbollah que estavam presos foram soltos após determinação da Justiça Federal. A ordem fixada pela 2° Vara Criminal Federal de Belo Horizonte atende a um pedido feito pela Polícia Federal (PF) que também solicitou a conversão de outras duas prisões temporárias para preventivas. Com isso, os dois homens foram soltos.
O pedido à Justiça foi feito após cerca de 30 dias da investigação pela PF. O Ministério Público Federal (MPF) se mostrou favorável à solicitação, e nessa terça-feira (05), a juíza Raquel Vasconcelos Alves de Lima expediu os alvarás de soltura. Apesar disso, um inquérito continua em andamento para apurar o vínculo entre os indíviduos soltos e o grupo terrorista.
Leia mais:
Homens suspeitos de envolvimento em ataques
Durante uma operação deflagrada pela Polícia Federal no início do mês de novembro, em São Paulo, os homens foram presos suspeitos de participar da organização de suspostos atos terroristas do Hezbollah no Brasil.
Na época, a Subseção Judiciária de Belo Horizonte foi a responsável por expedir os mandados de prisão. De acordo com a Polícia Federal, caso haja a comprovação do envolvimento dos suspeitos nos supostos atos, eles deverão responder pelos crimes de constituir ou integrar organização terrorista e por realizar atos preparatórios de terrorismo. A condenação para tais delitos prevê penas que, somadas, chegam a 15 anos e seis meses de prisão.
FBI enviou à PF memorando que alegava conexões entre suspeitos e Hezbollah
Ainda em novembro, após os suspeitos terem sido presos, Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública, afirmou que a Polícia Federal havia instaurado uma investigação para apurar a hipótese de uma rede terrorista que tentava se instalar no Brasil.
A operação foi realizada após a PF receber um memorando do escritório do FBI – serviço de inteligência do governo americano – no Brasil. De acordo com o documento datado de 13 de outubro, dois brasileiros, um de origem libanesa e outro, síria, tinham conexões com terroristas na América Latina, Europa e no Oriente Médio.
Fonte: CBN