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House of Hammer: Suposta vítima critica documentário

Após o lançamento do documentário “House of Hammer”, da Discovery+, o nome de Armie Hammer e seus supostos crimes estão repercutindo novamente. A série documental é produzida pela própria tia do ator e traz à tona práticas de canibalismo e violência sexual cometidas por ele.

O ator teria negado veementemente ter cometido os crimes dos quais é acusado, porém mensagens enviadas por ele para diferentes mulheres, mostram seu comportamento violento. Segundo o ator, ele teve apenas relações extraconjugais “consensuais, discutidas e mutuamente acordadas”.

Hammer
Imagem: Los Angeles Times

Uma das supostas vítimas de Armie criticou o lançamento do documentário.

Suposta vítima de Hammer alega que documentário explora seu trauma

Effie, que foi a primeira mulher a vir a público relatando ser vítima do ator, tem 26 anos e prefere não ter sua identidade revelada.

Ela enviou uma nota ao jornal LA Times, dizendo acreditar que os cineastas envolvidos no documentário, Elli Hakami e Julian Hobbs, estão “explorando seu trauma e sua dor”, e que o material, ao invés de fazer bem e servir de alerta, é nocivo a ela e outras sobreviventes.

Effie acusou o ator de tê-la estuprado em 2021, o que fez com que outras mulheres relatassem situações parecidas. 

“É extremamente inapropriado explorar um momento tão trágico e vulnerável nas vidas das pessoas, sem preocupações com nosso processo de cura ou privacidade”.

Ela conta que chegou a ser abordada pelos produtores para que fosse incluída no documentário, mas recusou.

“A forma como eles estão explorando meu trauma é nojenta. Quando eu continuo gritando que ‘não’ e eles continuam, dizendo que não precisam da minha permissão, eles me lembram de Armie”.

O documentário usa capturas de tela da conta de Effie no Instagram e até mesmo usa um vídeo publicado por ela no YouTube, e deixa clara a importância de sua participação nas acusações públicas contra Armie. 

Effie relata que ficou chateada por sua advogada, Gloria Allred, não tê-la comunicado de que iria participar de “House of Hammer”.

A dupla de documentaristas começou a montar o programa algumas semanas depois de a polícia de Los Angeles iniciar a investigação do astro, e buscou Effie um mês após ela ter criado a conta na rede social. Foi justamente a proximidade temporal que fez a europeia considerar a situação insensível.

O documentário está disponível no Discovery+ e possui três episódios.

Fonte: UOL

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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