Caso Hyara: polícia conclui que adolescente foi morta em brincadeira por cunhado de 9 anos

Morte da adolescente cigana Hyara Flor Santos Alves: Inquérito concluído pela Polícia Civil

No dia 6 de julho, a Bahia presenciou uma tragédia que abalou os moradores de Guaratinga, principalmente a comunidade cigana local. Hyara Flor Santos Alves, uma jovem de apenas 14 anos, foi brutalmente morta após ser atingida por um disparo de arma de fogo no queixo.

A Polícia Civil (PC) logo engajou-se no caso e investigou a fundo sobre o ônus da morte da jovem cigana. O inquérito foi finalizado e encaminhado para o Judiciário na quinta-feira, 10 de agosto, cujo anúncio da conclusão foi feito no dia seguinte.

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Quem matou Hyara Flor Santos Alves?

De acordo com os investigadores, o tiro que vitimou Hyara foi disferido de forma acidental pelo cunhado da menina, de nove anos, enquanto brincava com a arma no quarto dela. O marido de Hyara, também de 14 anos, que estava sob custódia desde o dia 26 de julho, havia sido considerado o principal suspeito.

Entretanto, embora a linha de investigação inicial apontasse para um crime de vingança devido a um suposto relacionamento extraconjugal, a polícia concluiu que a versão não se sustentava com as evidências.

Estatuto da Criança e do Adolescente é fundamental neste caso?

Com base no Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), a Polícia Civil optou por não divulgar mais detalhes sobre a identidade das partes envolvidas, uma vez que se trata de caso que envolve menores de idade, ressaltando assim a importância da proteção integral ao menor conforme estipula o estatuto.

A avó materna de Hyara, dona da arma de fogo utilizada, foi indiciada por homicídio culposo e porte ilegal de arma de fogo, no entanto, a Polícia Civil considerou não ser necessário pedir a prisão cautelar da mesma.

Como foi a investigação da morte de Hyara Flor Santos Alves?

A complexa investigação da morte de Hyara envolveu a análise de laudos periciais, 16 depoimentos de testemunhas, incluindo crianças que contaram com a presença de um promotor da Justiça da Infância e da Juventude, além da análise de imagens de câmera de segurança, mensagens de celular e redes sociais, e informação coletadas in loco.

Após todo esse longo processo, o caso foi concluído e, de acordo com o advogado de defesa do marido da vítima, a expectativa é que o adolescente seja liberado o mais breve possível e a justiça prevaleça.

Hyara Flor Santos Alves viveu uma vida curta e repleta de desafios como jovem cigana. Sua morte violenta traz à luz necessidade de um debate mais amplo sobre a segurança e os direitos da infância e da adolescência na sociedade contemporânea, especialmente sendo de comunidades marginalizadas.