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Você não vai acreditar! Anne Greene: a mulher que derrotou a morte na forca e provou sua inocência!

Anne Greene: a mulher que sobreviveu à forca e escapou da condenação injusta

Podemos encontrar histórias extraordinárias ao longo dos séculos, e uma delas certamente é a de Anne Greene, a jovem britânica que viveu no século XVII e conseguiu sobreviver a uma sentença de morte por enforcamento. Além do caráter fantástico de sua sobrevivência, o caso de Anne levanta questões importantes sobre a condição das mulheres na época e os preconceitos que as cercavam.

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O início trágico da história de Anne

Anne Greene trabalhava como scullery maid – uma das posições mais baixas e com trabalhos mais pesados entre os empregados domésticos – para Sir Thomas Reade, de Duns Tew, Oxfordshire. Aos 22 anos, ela engravidou após ser seduzida por um neto de seu patrão, um adolescente de 16 ou 17 anos. A palavra “seduzida” pode ter várias interpretações, desde um relacionamento amoroso sincero até um estupro.

Infelizmente, o bebê nascido prematuro de 17 semanas, segundo a parteira, morreu, e Anne, desesperada e alegando não saber de sua gravidez, enterrou o corpo em uma cova. No entanto, a cova foi descoberta e Anne foi acusada de assassinato.

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Condenada injustamente e a punição extrema

Apesar do testemunho da parteira e de um médico de que o bebê nasceu morto, Anne foi condenada à morte de acordo com o Infanticide Act of 1624, uma lei que tornava suspeitas de assassinato qualquer mulher que tivesse um filho natimorto fora do casamento. Nessa época, 70% das mulheres acusadas desse crime eram empregadas domésticas como Anne, muitas com menos de 16 anos.

No dia de sua execução, 14 de dezembro de 1650, Anne pediu aos amigos que tentassem abreviar seu sofrimento na forca. Depois de ficar pendurada por mais de meia hora, foi dada como morta e colocada em um caixão.

A surpreendente reviravolta do destino

O corpo de Anne foi levado a William Petty, um cirurgião e pesquisador em Oxford, que, ao abrir o caixão, percebeu que a jovem ainda estava viva. Ele e seu colega Thomas Willis fizeram o possível para reanimá-la e cuidar de seus ferimentos, de maneira que, em menos de um mês, Anne se recuperou completamente.

Graças à pressão dos médicos envolvidos em seu caso, Anne Greene foi perdoada pela corte e se tornou uma verdadeira celebridade à época. Ela se casou e teve três filhos, vivendo até 1659 ou 1665, conforme diferentes relatos.

Reflexão sobre a condição das mulheres e a importância da história de Anne

A história de Anne Greene, apesar de feliz em seu desfecho, nos faz pensar em quantas outras mulheres e meninas não tiveram a mesma sorte. As leis e a moral da época discriminavam e tornavam a vida das mulheres extremamente difícil. A trajetória de Anne nos convida a refletir sobre a importância das lutas iluministas pelas mulheres, que reivindicaram igualdade jurídica e a possibilidade de decidir sobre seus próprios destinos. Embora a história de Anne Greene seja única, ela nos ajuda a lançar luz sobre a realidade de outras mulheres que enfrentaram desafios e preconceitos semelhantes ao longo da história.

Redação

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