Roubo e tortura: modelo e influencer presa nega crimes e diz que vítima fez pedido inusitado
Vítima alega que foi roubada e torturada por influencer e mais dois homens
A influencer Vitória Guarizo Demito, de 25 anos, foi presa por suspeita de torturar e roubar R$ 41,5 mil de um homem em São Paulo, no dia 18 de maio. Ela e seu namorado, Gabriel Duarte de Meneses, 29 anos, tiveram suas prisões preventivas decretadas no dia 25 de julho e em depoimento prestado na última sexta-feira (4/8), no 27º Distrito Policial (Campo Belo), a influencer contou a sua versão sobre os fatos.
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Qual a versão contada pela Influencer
Em seu depoimento, Vitória disse que o homem a procurou para a realização de programa no dia 17 de maio (véspera do crime) e que havia cobrado R$500 reais. O programa teria durado cerca de 1h30, e segundo Vitória, o homem chegou ‘muito louco de drogas’.
“[A vítima] pediu para apanhar e dizia que queria ser estuprado, o que é comum nesse tipo de programa. (…) Tem muitos clientes que gostam de apanhar, de fingir ser estuprado e coisas do tipo, inclusive de serem queimados, normalmente com cigarros”. relatou a influencer em trecho de seu depoimento
Ainda de acordo com a suspeita, o homem teria dito que “gostou muito” dela e pediu para que ela arrumasse outras pessoas para um programa em grupo. Por essa razão, a vítima teria voltado ao apartamento da influencer, no Morumbi, na zona sul da capital paulista, no dia seguinte.
O programa teria durado entre 10 e 12 horas, e desta vez, Vitória teria cobrado R$ 900. Segundo a sua versão, o episódio também explicaria o motivo pelo qual a vítima fez transferências bancárias para ela, para Gabriel e para outro homem.
Quando questionada sobre a vida de luxo que levava, a influencer disse que era sustenta pela família e que o carro de luxo, da marca Jaguar, foi presente dos pais. Vitória mantinha um perfil em um site de acompanhantes travestis e disse que “realiza programas porque gosta”.
Ela também foi questionada sobre traficar drogas, mas Vitória também negou a acusação e afirmou que os remédios encontrados no seu apartamento eram de uso pessoal – embora a polícia suspeite que os medicamentos fossem usados para dopar vítimas.
Por fim, a autoridade policial perguntou porque a vítima teria feito transferências para mais quatro pessoas no mesmo dia do suposto crime, mas Vitória não soube responder.
Versão da vítima
O homem apontado como vítima do crime relata que foi atraído para um falso encontro que envolveu ameaças de estupro, queimaduras de maçarico e intimidações de um agressor que dizia ser do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Segundo o seu relato, os suspeitos levaram R$ 41,5 mil após uma série de transferências bancárias para contas de pelo menos seis titulares, além de terem roubado a sua carteira, um relógio da marca suíça Tissot, avaliado em R$ 2 mil, e um iPhone 13, que custaria R$ 5 mil.
O homem relatou ainda que ao chegar ao apartamento de Vitória, foi surpreendido por outros dois indivíduos, dentre eles Gabriel – namorado de Vitória-, que chegaram por trás e puxaram suas pernas e seus braços. Em seguida, um deles lhe desferiu um soco no olho direito. Ele teria ficado com os braços cruzados e foi amarrado com lacres plásticos. O homem afirma que tentou gritar, mas os criminosos tamparam sua boca com fita crepe e começaram a pedir dados bancários. Na sessão de tortura, ele teria sofrido tapas, socos e até queimaduras de maçarico.

Fonte: Metrópoles