Polícia conclui inquérito e atribui a pilotos acidente de Marília Mendonça
Fatos novos estão sendo revelados sobre o trágico acidente aéreo de Marília Mendonça
O acidente que tirou a vida da cantora Marília Mendonça e de outras quatro pessoas no final de 2021 está voltando à tona esta semana após a conclusão do inquérito policial na quarta-feira (4). A aeronave de pequeno porte caiu em novembro de 2021, em Piedade de Caratinga, Médio Rio Doce, região Leste de MG. Contaram com grandes perdas, entre elas o piloto Geraldo Medeiros e o copiloto Tarciso Viana.
O delegado da Polícia Civil em Caratinga, Ivan Lopes, alegou após investigações que houve falta de cuidado e imperícia por parte de ambos os pilotos. Um fator importante que chamou a atenção dos investigadores foi a ausência de contato com outros profissionais para a execução do pouso em um campo de pouso desconhecido pelos pilotos, uma ação habitual e esperada nestas circunstâncias.
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O que levou a Justiça a apontar irresponsabilidade dos pilotos?
De acordo com o relato do delegado, a polícia considerou que ocorreu homicídio culposo, sem intenção de matar, por parte do piloto e do copiloto, diante de imprudências e negligências evidentes apresentadas na perícia. Entretanto, a punibilidade foi extinta devido à morte dos dois indivíduos.
A investigação também buscou outras alternativas para o ocorrido, mas eliminou diversas possibilidades como defeito mecânico, mal repentino dos pilotos e até um possível ataque criminoso. Dentre as vítimas estavam a famosa cantora Marília Mendonça, aclamada por sua carreira de sucesso e composições que tocam o coração de milhões de brasileiros, e seu tio e assessor, Abicieli Silveira Dias Filho.
O que a defesa do piloto pecebe ao lado da polícia?
Sérgio Alonso, advogado representante da família do piloto, emitiu seu parecer sobre as alegações da polícia, em que critica a falta de suporte para as conclusões apresentadas no inquérito. Para o advogado, a acusação é até ofensiva à memória e reputação do piloto e do co-piloto.
O advogado defende, em contrapartida, que o acidente ocorreu porque a Companhia Energética do Estado de Minas Gerais (Cemig) instalou a rede de alta tensão na rota final do aeródromo de Caratinga na altitude padrão de tráfego, que é de mil pés, ambiente para o qual o aeródromo não possuía carta visual de aproximação.
Novas controvérsias e questionamentos sobre o acidente que levou a morte de Marília Mendonça
No relatório do Cenipa, é apontado que os cabos de alta tensão estavam abaixo do campo de visão dos pilotos no momento do impacto, uma vez que estariam focados na pista de pouso, reforçando assim o argumento das falhas cometidas pelos pilotos.
Fonte: G1