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A inteligência artificial e nós, os advogados criminalistas

Com as últimas novidades computacionais, especialmente Chatgta e seus irmãos da Google e Microsoft, o Bard e o Sydney respectivamente, observamos uma completa mudança de rumos na forma de se ver o curso dos processos e seus resultados atinentes.

Nunca estivemos tão próximos de um conjunto de informações instantâneas criativas em nossa humanidade. Podemos prever um grande leque de situações que venham a acontecer, principalmente julgamentos e suas análises de como aconteceram vestígios dessa natureza e seus resultados.

Também temos um verdadeiro plágio de petições feitas por profissionais sofísticos e que agora serão pastorizadas e reproduzidas de outro modo pela IA, sendo lançadas novamente para o mundo jurídico. Com isso, teremos um universo complexo de linguagem jurídica à nossa disposição, com toda as facilidades do mundo. Não bastasse, vamos conversar com nossos robôs e ir atrás de suas soluções e perspectivas de ganho da causa.  

Realmente, que mundo fantástico! Fico me imaginando a pedir ao meu conselheiro qual será a melhor tese que devo adotar num plenário do júri, e assim ocorrerá sucessivamente. No entanto, tudo isso vem a confirmar a destruição da nossa genial mente pensante e logo mais será da nossa linguagem de pensamento particular, que todos temos e que com o tempo será também cooptada pelos nossos amigos da IA.

Bem, penso que devemos ver a IA de forma temporal, e realmente discordo do último posicionamento de Noam Chomsky, que em seu artigo no New York Times fala sobre a falsa promessa da inteligência artificial[1], mas tenho que existe a questão da temporalidade dos conhecimentos, e como tal já diziam os antigos: o tempo é o senhor da razão.

Assim, de fato veremos uma das maiores dependência de nosso meio profissional já existente na história do Direito, em que muitos sucumbirão e outros tantos terão a sua vitória. No entanto, como o tempo é o senhor de tudo, devemos pensar: conseguiremos ter o domínio de nosso tempo pessoal? Teremos nosso tempo jurídico? A resposta está com o leitor.


[1] https://www.nytimes.com/2023/03/08/opinion/noam-chomsky-chatgpt-ai.html?searchResultPosition=7

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