Inteligência artificial e o cibercrime: uma preocupação crescente
Kartik Gada é um nome amplamente conhecido quando o assunto é tecnologia. Atuando como CEO do fundo de hedge 3D Strategies Management, o especialista já alertava sobre o potencial da inteligência artificial (IA) bem antes da massificação do termo. Com um foco incisivo no impacto da IA na economia desde 2006, Gada tem sido vanguarda na busca por startups que operam na mesma esfera de interesse.
Além de detectar oportunidades de investimento por meio de algoritmos e IA, o fundo 3D Strategies Management ganhou destaque por pensar além dos cenários convencionais. A atual preocupação de Gada, contudo, ultrapassa os tradicionais limites mercadológicos e incide sobre a crescente relação entre inteligência artificial e cibercrime.

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Onde a Inteligência Artificial encontra o cibercrime?
Para Gada, não há dúvidas de que a legislação atual não consegue acompanhar a rapidez com que a tecnologia avança. Isso inclui a proteção legal dos indivíduos contra malfeitos digitais. A facilidade com que uma pessoa com conteúdo online tem sua voz manipulada, por exemplo, é um alerta de que estamos caminhando para uma realidade inescapável onde a IA será utilizada de maneira maliciosa.
Como os governos podem atuar na prevenção do uso de IA em cibercrimes?
Gada acredita que os governos atualmente estão muito lentos nos trabalhos para atualizar a legislação e desenvolver medidas eficazes de proteção individual. Ele sugere, por exemplo, a necessidade de desenvolver organismos reguladores que entendam efetivamente o funcionamento da IA e possuam autoridade no desenvolvimento de políticas públicas na área da tecnologia.
IA e cibercrime: O que podemos esperar para o futuro?
Na visão do especialista, é vital que sejamos pró-ativos ao invés de reativos em relação aos avanços da IA. Gada sublinha que apesar dos benefícios inerentes à IA, como a possibilidade de identificar oportunidades de investimento e otimizar sistemas, é imprescindível que os potenciais riscos dessa tecnologia sejam considerados e devidamente mitigados. Com isso, ele espera sensibilizar legisladores, investidores e o público em geral sobre a necessidade urgente de repensar a maneira como lidamos com a inteligência artificial no contexto do cibercrime.
Fonte: Valor Econômico