Internet faz casos de pedofilia EXPLODIREM no Brasil
Pedofilia na Internet: Explosão de casos inquieta o Brasil e gera questionamentos
A crescente presença de crianças na internet, aliada à difusão exponencial de crimes de pedofilia online, tem causado grande apreensão no Brasil. O alarmante crescimento desses casos vem gerando várias perguntas quanto às responsabilidades e possíveis soluções para este problema de larga magnitude. Novos estudos divulgados recentemente ilustram a urgência deste preocupante cenário.
Segundo pesquisa da Safernet, uma organização referência em combate a crimes digitais no país, este ano o número de novos casos de imagens de abuso e exploração sexual infantil atingiu inéditos 54.840 até o final de setembro, representando um aumento de 84% comparado ao mesmo período do ano anterior. Além disso, há também um relatório que revela o crescente acesso à internet por crianças ainda na primeira infância.

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Quais são os impactos do surgimento precoce das crianças na internet?
Segundo a TIC Kids Brasil, uma pesquisa realizada pelo Cetic.br, ligado ao Comitê Gestor da Internet no Brasil, as crianças estão acessando a internet cada vez mais cedo e por meio de mais dispositivos. Hoje, 24% das crianças brasileiras com até 6 anos de idade já acessaram a internet em algum momento. Em 2015, este índice era de apenas 11%.
Paralelamente, em cenário internacional, 41 estados e o governo federal americano iniciaram ações contra a Meta, proprietária do Facebook e do Instagram, alegando que essas plataformas prejudicam crianças com recursos “viciantes”. Isso evidencia a existência de um desafio global para proteger crianças e adolescentes no âmbito digital.
Como os predadores digitais agem?
Um dado alarmante revelado pela Safernet é o crescente número de crianças e adolescentes que estão produzindo e enviando fotos e vídeos de conteúdo sexual de si mesmos, em troca da promessa de dinheiro ou presentes por parte dos predadores digitais. Além disso, há um aumento significativo no número de crimes cibernéticos vitimando crianças e adolescentes: foram 627 este ano, contra 369 no ano passado, um aumento de 69,9%. Diante disso, o Ministério da Justiça e Segurança Pública lançou o programa “De Boa na Rede”, idealizado para orientar na criação de um ambiente digital seguro para crianças e adolescentes.
Internet e pedofilia: de quem é a responsabilidade?
O rápido crescimento da presença de crianças na internet e da consequente exploração sexual infantil online questiona a responsabilização pelas ações ilícitas. Muitos apontam a popularização das redes sociais como o principal combustível do problema. Isso ficou mais aparente em 2021, com o escândalo das “Facebook Papers”, onde um ex-funcionário revelou documentos que mostravam que a empresa estava ciente e fazia menos que o possível para combater o problema.
Assim, buscam-se respostas para as responsabilidades de todos os envolvidos, das empresas proprietárias das redes sociais aos pais e mães das crianças e adolescentes. A importante questão a ser respondida é: até quando as plataformas digitais terão essa liberdade anárquica?
Safernet alerta: Consumir imagens de violência sexual infantil é ser cúmplice do abuso
A nomenclatura “pornografia infantil” tem sido amplamente substituída por “imagens de abusos contra crianças e adolescentes”. A insinuação de nudez ou sexo com uma pessoa menor de 18 anos, por definição, não é consensual. Portanto, não se trata de pornografia, que pressupõe a participação voluntária de pessoas maiores de 18 anos. A Safernet tem enfatizado que qualquer pessoa que consome imagens de violência sexual infantil é, de fato, cúmplice do abuso.
Fonte: IT Fórum