Investigação do assassinato de Marielle tem novos avanços com a análise de dados do Google
As investigações que apuram o assassinato de Marielle Franco tiveram novos avanços após informações remetidas pelo Google ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado), porém, a nova mudança de promotores pode atrasar a investigação.
Google remete informações para o caso Marielle Franco
A morte da ex-vereadora era investigada pelos promotores de justiça do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado, porém, os 29 membros do Gaeco pediram exoneração após a recondução ao cargo do procurador-geral de Justiça, Luciano Mattos. Eles alegam que havia um compromisso, assumido por Mattos, de aceitar a indicação do nome mais votado da classe, a colega Leila Costa, com isso, a investigação pode demorar ainda mais.
No final do ano passado, o Gaeco conseguiu encerrar uma longa negociação com a Google Americana, que se recusava a fornecer dados sigilosos requisitados pelos promotores para investigar o caso. Diante da resistência da empresa, as autoridades traçaram dois perímetros, com base na triangulação de antenas (ERBs), no local dos assassinatos, no Estácio, Zona Norte do Rio, e no local onde estava um dos principais suspeitos do mando do crime. Depois, reduziram a solicitação de clientes que pesquisaram na plataforma digital o nome de Marielle e outras combinações ligadas à vereadora dias antes dos crimes.
A remessa das informações encerrou uma longa e desgastante negociação com a Google americana, que relutava em fornecer dados sigilosos sobre seus usuários. Para dobrar resistências, o Gaeco então delimitou o campo de pesquisa. Traçou dois perímetros, com base na triangulação de antenas (ERBs), no local dos assassinatos, no Estácio, Zona Norte do Rio, e no local onde estava um dos principais suspeitos do mando do crime. Depois, reduziu a solicitação de clientes que pesquisaram na plataforma digital o nome de Marielle e outras combinações ligadas à vereadora dias antes dos crimes.
Os dados então foram fornecidos pela Google Americana, mas o cruzamento dos dados dos perímetros, ainda sob análise. As informações mostrarão se houve algum contato entre o suspeito e os executores do crime. Além disso, a apuração das pesquisas no Google pode reforçar as provas já colhidas contra Ronnie Lessa e Élcio Queiróz, que estão presos e serão levados a júri popular pelos dois assassinatos.
Essa é a terceira vez que o grupo de promotores responsáveis pelo caso é alterado, além disso, na Polícia Civil, a Delegacia de Homicídios da Capital, responsável pela investigação, já teve cinco titulares desde a morte de Marielle. Essas mudanças acaba, atrasando o desenrolar do caso, pois eventualmente obrigam as novas autoridades a analisarem o caso do zero, lendo dezenas de volumes sobre os crimes.
Fonte: O Globo