Israel ataca serviços de saúde em Gaza; organizações ALERTAM para colapso do sistema
Escalada de violência em Gaza compromete sistema de saúde da região
Segundo o Ministério da Saúde da Palestina, a região de Gaza enfrenta uma crise na saúde devido ao intensivo conflito com Israel. O bairro de Beit Hanoun tem seu único hospital fechado devido aos bombardeios israelenses. Além disso, a maternidade do Complexo Médico Al-Shifa, localizado em Gaza, também foi atingida.
“A ocupação israelense deixou o hospital de Beit Hanoun inoperante após sucessivos ataques na região, que tornaram a circulação de funcionários impraticável, além de causar danos expressivos à estrutura e interromper seus serviços”, declarou o Ministério da Saúde Palestino.
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O impacto no Complexo Médico Al-Shifa
O Complexo Al-Shifa, principal ponto de atenção à saúde na região, também não escapou dos ataques. “O bombardeio causou a queda de partes do teto próximas a um bebê prematuro que precisou ser transportado pela equipe médica”, acrescentou o ministério.
MSF e a crise na saúde de Gaza
Mohammed Abu Mughaiseeb, da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) em Gaza, expressou grande preocupação com o cenário. De acordo com ele, o sistema de saúde do território pode entrar em colapso nos próximos dias devido à falta de energia, medicamentos e alimentos impostos aos palestinais por Israel.
Qual foi a reação da comunidade internacional?
O bloqueio total anunciado por Israel nesta segunda-feira (9) teve como resposta uma tomada de posição da Organização Médicos Sem Fronteiras (MSF), pedindo a todas as partes envolvidas no conflito para garantir a proteção dos civis e das instalações médicas.
A escassez de materiais e medicamentos está levando o sistema de saúde da região ao limite. A região vive um “cerco total” que impede a chegada de recursos básicos, tais como eletricidade, alimentos, água e gás. Haneen Wishah, uma dos representantes da Al Awda, organização que gere hospitais e serviços de emergência em Gaza, confirmou que “a saúde nunca foi simples, porque estamos sob um cerco israelense que já dura 17 anos, com ataques periódicos. Agora, tudo está piorando.”
Fonte: Brasil de Fato