Noticias

Caso Jacob Vieira: o que falta saber sobre o assassinato premeditado e a sangue frio de PM

Polícia aponta suspeitos de matarem o policial

A investigação que apura o assassinato do policial militar da reserva Jacob Vieira, de 62 anos, ganhou novos desdobramentos. A polícia já havia realizado a prisão do vigilante Bruno Oliveira Ramos, 38 anos, apontado como suspeito de premeditar, planejar e assassinar o PM. Agora, as autoridades investigativas apontaram um segundo suspeito: Mateus Nascimento, 26, sócio de Bruno. Para a polícia, a principal suspeita é a de que a motivação do crime foi financeira.

O assassinato de Jacob Vieira

O PM desapareceu na tarde do dia 10 de julho, ao sair de casa, em Santa Maria (DF). Imagens de segurança registraram o momento em que Jacob entra em um Ford Ka branco, que tinha a placa clonada, e depois, nunca mais foi visto. O motorista do veículo não foi identificado.

No dia 17 de julho, a polícia recebeu uma denúncia anônima detalhando que Jacob estaria morto dentro de uma cisterna na chácara pertencente a Bruno. No dia seguinte, uma equipe de policiais e bombeiros realizaram buscas no local e encontraram o corpo de Jacob dentro de um poço de quase 20 metros de profundidade. O cadáver estava envolto a fitas adesivas e preso a pedras de concreto. 

De acordo com o laudo do IML, o assassinato se deu por esganadura e dois tiros na região da cabeça. Os médicos legistas não souberam precisar a data da morte devido ao estado de decomposição do corpo, mas acreditam que o homem tenha sido executado ainda no dia 10 de julho.

Leia mais:

Caso Marielle Franco: Maxwell é transferido para presídio federal em Brasília

Caso Marielle Franco: Maxwell é transferido para presídio federal em Brasília

O que dizem as investigações

De acordo com as investigações, Jacob era sócio de uma cooperativa de transportes, ele faturava uma alta quantia por mês com os serviços prestados por meio de licitações na prefeitura da Cidade Ocidental.  

Por meio de um depoimento informal prestado na Delegacia da Cidade Ocidental, Mateus disse que se encontrou com Jacob no dia 10, na BR-040, para entregar a ele uma quantia de R$ 15 mil referente aos juros de um empréstimo. Mateus conhecia Jacob havia cerca de três meses. A relação entre os dois era de amizade e o contato foi intermediado por Bruno, filho de uma ex-mulher do policial. Porém, o que chamou a atenção da polícia foi o alto valor transferido por Jacob a Mateus, R$ 600 mil. A quantia era elevada para um negócio feito por pessoas que se conheciam há tão pouco tempo. 

Segundo o jornal Correio Braziliense, Bruno articulou um plano de mobilidade urbana que previa a concessão de 20 micro-ônibus para rodar no município. Para isso, Bruno pediu R$ 600 mil emprestado a Jacob. Não se sabe, no entanto, se esse é o mesmo dinheiro transferido para a conta bancária de Mateus.

Além disso, o montante seria usado por Bruno para encerrar a parceria com Jacob e alavancar o próprio negócio no ramo empresarial, além de juntar recursos para tentar, pela segunda vez, uma vaga como vereador na cidade, no ano que vem. 

“O que chegou para nós é que, em uma das conversas com um pessoal, no período do desaparecimento, perguntaram se, caso o Jacob estivesse morto, quem iria assumir os negócios. Prontamente, Bruno teria dito que assumiria” relatou o delegado responsável pela investigação

jacob
O policial militar foi encontrado morto dentro de uma cisterna na chácara de um dos suspeitos. Imagem: Metrópoles

Fonte: Correio Braziliense

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo