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Caso Jéssica Canedo: Polícia ouve primeira testemunha do caso da vítima fatal por fake news

Nesta terça-feira (26), a Polícia Civil de Araguari, Minas Gerais, iniciou os depoimentos para investigar a morte da estudante de 22 anos, Jéssica Canedo. A primeira a prestar depoimento será a mãe da jovem.

A confirmação do falecimento de Jéssica foi feita pela família na sexta-feira (22/12). Nas redes sociais, surgiram capturas de tela de uma suposta conversa entre a estudante e o comediante Whindersson Nunes, divulgadas pela página de fofoca Choquei. Ambos afirmaram que essa conversa era falsa e que não se conheciam.

Whindersson Nunes e Jessica
Imagem: Reprodução

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Apesar de negarem a autenticidade das mensagens, ambos foram alvo de ataques em seus perfis. Dois dias antes de sua morte, Jéssica solicitou a remoção das postagens falsas.

Em entrevista à RecordTV, a mãe da estudante descreveu o sofrimento da filha diante dessa exposição: “Ela chegava aqui em casa e pedia pra eu fazer alguma coisa: ‘mãe, pede pra eles pararem, porque eu já não estou mais aguentando’”.

Inicialmente, os perfis que compartilharam as mensagens falsas nas redes sociais não serão investigados. A apuração se concentra nas circunstâncias da morte da estudante.

O delegado responsável pelo caso, Felipe Oliveira, mencionou que se houver configuração de crime contra a honra pela disseminação de notícias falsas, isso poderá ser objeto de outra investigação, mas dependerá da vontade manifestada pela família da vítima, já que esses crimes são de ação penal privada. O oficial também afirmou que mais testemunhas poderão ser convocadas para depor, se necessário.

Pronunciamentos sobre o caso Jéssica Canedo

No domingo (24), Whindersson lamentou a morte de Jéssica e propôs a criação de uma lei para regular os perfis nas redes sociais. Ele sugeriu que essa legislação traga sanções, tanto civis quanto criminais, para quem divulgar conversas, mesmo públicas, sem verificar a veracidade dos fatos. Ele destacou que quem ganha dinheiro com isso deve ser responsabilizado.

O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, defendeu a regulação do ambiente online como um “imperativo civilizatório” em suas redes sociais. Ele apontou a irresponsabilidade das empresas que administram as redes sociais diante de conteúdos propagados por indivíduos irresponsáveis e até criminosos, alguns envolvidos na política institucional, que têm destruído famílias e prejudicado a vida social saudável.

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