Famoso jogador brasileiro se manifesta após crime de racismo de jornal espanhol
O jogador de futebol brasileiro Igor Paixão, do Feyenoord, equipe holandesa, foi vítima de um crime de racismo cometido pelo jornal espanhol AS. O atleta foi chamado em publicação feita pelo veículo de “descendente de escravos”. O brasileiro se manifestou em suas redes sociais sobre o caso.
Em seu instagram, o brasileiro publicou um texto condenando o que foi escrito pelo portal antes da partida contra o Atlético de Madrid, pela Champions League.
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“Ao falar de minha trajetória, logo no título, o racismo “não-tão-velado”: o descendente de escravos. Fosse por minha realidade humilde, a mesma de muitos dos meus companheiros. Fosse por minha cor, a mesma de grande parte do mundo. Fosse por minha forma de ser ou a “ameaça” que trago a eles”, diz trecho do texto publicado pelo brasileiro.
Após a repercussão negativa no X (antigo Twitter), o jornal apagou a publicação e editou a matéria.
Igor Paixão é de origem quilombola
Revelado pelo Coritiba, equipe do Paraná, em agosto do ano passado, Igor Paixão é de origem quilombola. Os avós do jogador nascido em Macapá faziam parte de uma comunidade formada por descendentes de escravizados fugitivos do período de escravidão no Brasil, que perdurou oficialmente até 1888.
Desde que iniciou sua trajetória na europa, pelo Feyenoord, o brasileiro vem se destacando com seus gols e atuações em campo.
Confira o texto do brasileiro
Eles sempre se disfarçam. Por meios de palavras elegantes, de dinheiro, de formas de se portar e até mesmo dos cargos que ocupam.
Eles são sutis. Nem sempre deixam a mostra todo o preconceito que carregam por gerações e gerações.
Eles são espertos. Porque na maioria das vezes se safam ao cometerem um dos mais hediondos crimes da história: o racismo.
Mas nem sempre eles disfarçam, nem sempre são sutis e nem sempre são espertos. Às vezes são explícitos e descarados, resultado de anos e anos de impunidade. E esperam o momento certo para destilar o preconceito que carregam dentro de si.
Nesta semana, foi a vez do Jornal AS, do país onde joga meu companheiro de profissão, de vida e de cor, Vinicius Junior, que sofre diariamente com o ódio de quem simplesmente não aprendeu a superar um mal que jamais deveria ter existido, mas que há tanto tempo é criminoso.
Eles são espertos. Porque na maioria das vezes se safam ao cometerem um dos mais hediondos crimes da história: o racismo.
Mas nem sempre eles disfarçam, nem sempre são sutis e nem sempre são espertos. Às vezes são explícitos e descarados, resultado de anos e anos de impunidade. E esperam o momento certo para destilar o preconceito que carregam dentro de si.
Nesta semana, foi a vez do Jornal AS, do país onde joga meu companheiro de profissão, de vida e de cor, Vinicius Junior, que sofre diariamente com o ódio de quem simplesmente não aprendeu a superar um mal que jamais deveria ter existido, mas que há tanto tempo é criminoso.
Fonte: CNN Brasil