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Jovem é morto a pauladas e golpes de machado e acusados são soltos por demora no processo

Justiça concede liberdade a acusados de brutal homicídio de jovem com machado em Nova Iguaçu

A demora no julgamento do assassinato de um adolescente de 16 anos, ocorrido em março de 2019, fez com que os quatro acusados fossem soltos para responder ao processo em liberdade. O caso aconteceu em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e causou muita revolta, especialmente na família da vítima.

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Por que a demora no julgamento?

O principal motivo para a concessão do habeas corpus foi a demora no início do julgamento no Tribunal do Júri. A prisão preventiva dos réus foi decretada em abril de 2019, mas a audiência só foi marcada para março de 2020. No entanto, diversos adiamentos ocorreram devido a pedidos do Ministério Público.

A Sétima Câmara Criminal do Rio decidiu no último dia 15 que não havia justificativa idônea para manter os acusados presos por mais de quatro anos sem uma data definida para o julgamento.

Como ficou o caso após a soltura dos réus?

Outra decisão da Justiça marcou a sessão plenária do Tribunal do Júri para o dia 4 de setembro de 2023. A mãe da vítima, Vanessa Bernardo Torres, se mostra revoltada com a soltura dos réus. Após tomar ciência do habeas corpus dos acusados, ela se mobilizou, marcando uma reunião com o Ministério Público para a próxima segunda-feira (5).

Vanessa depende exclusivamente do órgão, uma vez que vive com um salário mínimo e não tem recursos financeiros para contratar um advogado e atuar como assistente de acusação.

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Qual era a situação do adolescente Lucas Torres dos Santos?

Lucas cursava o Ensino Médio na rede estadual de educação e praticava jiu-jitsu. Ele foi morto após ser covardemente agredido com um cabo de madeira, um machado, e teve seu corpo carbonizado pelos agressores.

As investigações apontam que o crime foi motivado por vingança, uma vez que Lucas estava na companhia de um rapaz que havia brigado com o mandante do ataque.

Qual a posição do Ministério Público em relação à soltura dos acusados?

Em nota, o MP afirmou discordar da fundamentação da decisão que concedeu o habeas corpus aos acusados. O órgão ressaltou que, durante a pandemia, atos processuais deixaram de ser realizados por determinações do próprio Tribunal de Justiça. Além disso, o MP informou que estará preparado para a sessão plenária designada para setembro 2023, sendo este o próximo passo do processo.

Redação

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