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Jovem é torturado e morto por grupo em ‘tribunal do crime’

Na noite da última segunda-feira, 14 de novembro, um jovem de 20 anos foi morto e decapitado dentro da própria casa no Distrito de Guarda dos Ferreiros, em São Gotardo. 

Os cinco suspeitos do crime têm idade entre 15 e 20 anos, e teriam executado o delito como um tipo de “Tribunal do Crime”.

Segundo a Polícia Militar (PM), a casa da vítima foi encontrada revirada e com manchas de sangue por todo o chão. 

Jovem morto teria sido vítima de um “Tribunal do Crime” após dívida de drogas e vingança por agressão

Após coletarem informações, os militares descobriram que o rapaz havia sido morto por diversas pessoas com golpes de faca, e a suspeita é que a motivação seja por dívida de drogas e vingança, devido a um caso de agressão já registrado envolvendo a vítima e os suspeitos.

Desconfia-se que o grupo tenha executado o rapaz como forma de represália por esta agressão ocorrida.

Os cinco suspeitos foram localizados, sendo quatro adolescentes com idades de 15 e 17 anos apreendidos, e um jovem de 20 anos preso. 

Com eles, a Polícia Militar encontrou as facas utilizadas no crime para matar o jovem de 20 anos que foi decapitado.

crime
Imagem: G1

Um dos envolvidos confessou o crime e mostrou o milharal onde o corpo da vítima estava escondido. No local, o cadáver estava sem a cabeça, que foi encontrada a cerca de quatro metros de distância.

Os cinco envolvidos foram encaminhados para a delegacia da Polícia Civil, em Patos de Minas.

Eles irão responder pelo crime de homicídio qualificado, previsto no art. 121 do Código Penal

Art. 121. Matar alguém:

§ 2° Se o homicídio é cometido:

I – mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;

II – por motivo fútil;

III – com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum;

IV – à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido;

V – para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime;

Pena – reclusão, de doze a trinta anos.

A investigação irá apurar quais qualificadoras incidiram no crime em questão.

Fonte: G1

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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