NoticiasAdvocacia CriminalAtualidades JurídicasDireito PenalProcesso Penal

Juiz deve sempre fundamentar manutenção de prisão preventiva em sentença, decide TJRJ

O princípio da motivação das decisões judiciais é expresso na Constituição Federal de 1988 no art. 93, IX, que dispõe que todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário deverão ser públicos e fundamentadas todas as decisões.

Prisão é substituída por medidas cautelares

Nesse sentido foi o entendimento da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que substituiu a prisão de um condenado em primeira instância por medidas cautelares diversas da prisão. A Câmara entendeu que a sentença condenatória do réu não fundamentava a manutenção da prisão preventiva

O Defensor Público do Rio de Janeiro impetrou habeas corpus fundamentando a falta de motivação pelo juiz de primeiro grau. Ele requereu que o acusado respondesse em liberdade até o trânsito da sentença penal condenatória, o que foi concedido pelo Tribunal. 

A defesa ainda ressaltou que o réu encontra-se segregado provisoriamente há mais de 1 ano, e tendo sido condenado a 4 anos na sentença condenatória, já teria preenchido os requisitos para o regime semiaberto. 

A Desembargadora fundamentou o relaxamento da prisão com base no art. 387, §1º do CPP, que refere expressamente a necessidade de decisão fundamentada sobre a manutenção ou não da prisão preventiva na sentença condenatória. Por fim impôs ao acusado às medidas cautelares diversas da prisão do art. 319 do CPP.

A decisão teve como relatora a Desembargadora Maria Angélica G. Guerra Guedes.

Íntegra da decisão aqui.

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo