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Juiz filmado batendo na esposa deve ser afastado imediatamente, determina CNJ

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu por unanimidade, em uma votação realizada nesta terça-feira, 11, instaurar um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra o juiz Valmir Maurici Júnior, da 5ª Vara Cível de Guarulhos, em São Paulo.

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O afastamento do juiz é imediato e por tempo indeterminado, e a penalidade foi proposta pelo corregedor nacional de Justiça, o ministro Luis Felipe Salomão, que é o relator da reclamação disciplinar.

O corregedor destacou que, caso as circunstâncias sejam confirmadas, elas não apenas são criminosas, mas também revelam desvios de conduta do magistrado que atentam contra os valores éticos do Judiciário.

Um juiz em São Paulo foi registrado em vídeo agredindo fisicamente e verbalmente sua ex-esposa

O juiz Valmir Maurici Júnior foi registrado em vídeo agredindo fisicamente e verbalmente sua ex-esposa, e outros materiais audiovisuais mostraram o juiz sendo violento com outras mulheres.

O corregedor-Geral da Justiça de São Paulo já havia afastado o magistrado de suas atividades no início de abril.

O corregedor Nacional de Justiça avalia que uma investigação conjunta com o TJ/SP e o CNJ permitirá uma melhor compreensão dos fatos, pois haverá um cruzamento de informações.

Ainda há investigações em andamento, incluindo perícias e depoimentos, e é crucial que continuemos a apurar completamente todos os fatos relacionados a esse juiz.

O ministro Salomão destacou a importância da intervenção do CNJ devido à gravidade das acusações feitas pelo TJ/SP.

Ele ressaltou que, se comprovado, o comportamento do magistrado em utilizar símbolos de poder para intimidar suas vítimas a fim de evitar que seus atos violentos fossem reportados é altamente condenável.

Fonte: Migalhas

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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