Juiz morto em Pernambuco: polícia prende 3 suspeitos e apreende carro utilizado no crime
Investigação sobre o assassinato do juiz Paulo Torres Pereira da Silva prossegue em Pernambuco
A madrugada de terça-feira (24) foi marcada por uma grande operação policial na região metropolitana do Recife, resultando na prisão de três homens e na apreensão de um veículo no Cabo de Santo Agostinho. Este acontecimento faz parte das investigações em torno do assassinato do juiz Paulo Torres Pereira da Silva, de 71 anos de idade.
O magistrado, que atuava na 21ª Vara Cível do Recife durante quase 34 anos, foi cruelmente assassinado a tiros em Jaboatão dos Guararapes, enquanto conduzia seu próprio veículo em Candeias, um bairro do Grande Recife. Os criminosos encurralaram o carro e abriram fogo, fugindo após o ato.
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Detalhes da investigação e suspeitas
Os suspeitos foram encaminhados para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na Zona Oeste do Recife. Eles passaram por audiência de custódia, mas a polícia optou por não divulgar os nomes dos mesmos, o que impossibilitou o acesso ao resultado da sessão.
De acordo com a localização do crime, a cerca de 300 metros de distância da casa do juiz, a execução de Paulo Torres teria acontecido por volta das 20h. No entanto, ao chamarem o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), o juiz já havia falecido.
Os resultados da perícia
Observando a gravidade do caso, a perícia foi ativada e, em suas descobertas iniciais, apontou que a vítima foi assassinada com um único tiro na cabeça. As observações foram realizadas pela delegada Euricélia Nogueira, que estava à frente da Força-Tarefa de Homicídios no momento em que a Polícia Civil foi acionada.
Em informações prestadas por familiares, foi relatado que o juiz levava uma vida rotineira e calma, realizando caminhadas todos os dias na Praia do Paiva, no Cabo de Santo Agostinho. Além disso, destacaram que ele não possuía um carro blindado e tinha o costume de conduzir com as janelas abertas.
Quem foi o juiz Paulo Torres Pereira da Silva?
Como juiz, Paulo Torres dedicava-se à 21ª Vara Cível do Recife, julgando desde casos comuns até atuando como desembargador substituto no Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). A contribuição do juiz se estendia ainda à Justiça Eleitoral, onde participou do julgamento de processos contra propaganda irregular.
O delegado Roberto Ferreira, o principal responsável pelas investigações do caso, afirmou que nenhuma linha de investigação foi descartada. O próximo passo é a análise das imagens coletadas através das câmeras de segurança próximas ao local do crime.
Fonte: G1