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Juíza dos EUA rejeita acordo de admissão de culpa por ser “bom demais”

Começou nesta segunda-feira (7), em um tribunal federal dos Estados Unidos, o julgamento de Gregory McMichael e Travis McMichael, pai e filho, e William Bryan, condenados à prisão perpetua pelo assassinato de Ahmaud Arbery, um homem negro que praticava jogging em uma rua de Brunswick, na Geórgia, EUA. O tribunal começou o julgamento dos autores do crime por crime de ódio.

Na ocasião, Gregory e Travis McMichel foram condenados à prisão perpétua sem direito a liberdade condicional. E Willian Bryan foi condenado à prisão perpétua com direito a liberdade condicional, por ter sido considerado que a sua conduta foi menos grave.

Durante a fase de pré-julgamento foi apresentado um acordo entre a promotoria e Gregory e Travis de admissão de culpa. Os autores admitiriam que mataram a vítima em parte por ela ser negra e perderiam o direito de recorrer da sentença que fosse aplicada. Para a promotora do caso, o acordo seria ideal, tendo em vista que os acusados admitiriam para o mundo que usaram de força, intimidaram, feriram e quiseram interferir nos direitos civis de Ahmaud por causa de sua cor. Em troca, cumpririam os primeiros 30 anos de suas penas em uma prisão federal, em vez de em prisão estadual, e os promotores iriam desconsiderar outras acusações.

No entanto, a juíza do caso, Lisa Wood, rejeitou o acordo em audiência com a promotoria após pedido feito pela família da vítima. A magistrada considerou que o acordo seria muito vantajoso para os acusados.

Agora, os acusados irão retirar a confissão de culpa e negarão que cometeram o crime motivado por questões raciais. Os advogados defenderão as acusações de crime de ódio e sustentarão que Arbery era responsável por alguns furtos que ocorreram na vizinhança. Embora essa estratégia da defesa não tenha funcionado no julgamento perante a justiça estadual, eles acreditam que podem servir para contrapor a acusação de motivo racial e de violar os direitos civis da vítima.

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